Molecada com moral

Paraná aposta em elenco jovem e que terá média de idade de 22 anos

Goleiro Marcos, aos 40 anos, é disparado o mais velho do grupo, com 13 anos a mais que o segundo. Foto: Daniel Castellano.

Quando a nova diretoria e comissão técnica assumiram o Paraná Clube, o discurso era de que em 2017 o Tricolor iria aproveitar mais a base e dar chances para os garotos revelados dentro do clube. A teoria foi colocada em prática esta semana, quando nove jogadores que estavam disputando a Copa São Paulo de Juniores foram integrados ao elenco profissional. No entanto, não serão só esses garotos que farão parte do novo Paraná.

Atualmente, o treinador tem à disposição 32 atletas, sendo que apenas um deles tem mais de 30 anos, o goleiro Marcos, ídolo da torcida e que chegou aos 40. O segundo mais velho do grupo é o zagueiro Rayan, que veio do ASA-AL e tem 27. Até por isso, a média do elenco paranista até aqui é de apenas 22,4 anos.

Claro que a baixa média se dá justamente por conta dos garotos que subiram das categorias de base. Sete deles tem 17 anos e dois tem 19. Sem eles, a média seria de 24,1 anos. Porém, dos 32 nomes, apenas nove tem 25 anos ou mais. Além de Marcos e Rayan, o goleiro Léo (26), o lateral-direito Diego Tavares (26), os zagueiros Eduardo Brock (25), Artur (26) e Airton (26), e os meias Jonas Pessalli (26) e Murilo Rangel (25) são os mais experientes do grupo.

A alternativa se deu também pela forma como o Paraná foi ao mercado. Com pouco dinheiro em caixa, o clube precisou investir em peças mais baratas, mas que se encaixavam naquilo que Wágner Lopes queria para a montagem do time.

“Na verdade coincide com a questão orçamentaria que a gente tem. Jogadores mais jovens tem muito mais coisas a conquistar, anseios e tudo mais. E hoje a competividade se traduz em força e velocidade e aí você acaba contratando jogador com perfil com idade media menor”, explicou o executivo de futebol paranista, Rodrigo Pastana.

O próprio treinador já ressaltou que o fato de os jogadores serem mais novos não significa que eles não tenham experiência suficiente.

“Eu entendo a experiência de uma maneira diferente. Existem atletas que passaram por várias equipes, mas não trouxeram nenhum aprendizado daquilo que foi feito. Mas, às vezes, um cara de 23, 24 anos tirou lições daquilo tudo que vivenciou. Às vezes o cara tem 18 anos com uma maturidade muito grande e ele terá aquela reação que esperamos após as partidas”, afirmou o comandante paranista.

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