O final da semana do Paraná Clube foi marcado por um desabafo do técnico Matheus Costa. Mesmo com o time a quatro pontos do G4 da Série B do Campeonato Brasileiro, e firme na briga pelo acesso para a primeira divisão, o treinador convive com críticas, protestos e cobranças. Foi assim inclusive na vitória da última segunda-feira (28) sobre o Londrina, que manteve viva a possibilidade de subir para a primeira divisão.
Um dos mais jovens treinadores em atividade nas principais divisões do futebol brasileiro, Matheus Costa passou por provações desde que se viu no centro dos acontecimentos. Foi colocado como um dos pivôs da rumorosa demissão de Lisca do Tricolor em 2017. Mas logo depois passou à história como o técnico que levou a equipe de volta à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Foi preterido pelo clube ao final daquele ano – a proposta era que voltasse a ser auxiliar – e foi treinar o Joinville.
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Em Santa Catarina, sofreu com a ‘desintegração’ do JEC, que ainda não se recuperou das quedas sucessivas de divisão. Ficou pouco tempo por lá e aceitou voltar a Curitiba, mas para ser auxiliar técnico de Tcheco no Coritiba. Seguiu com Argel Fucks e foi interino já em 2019, durante o Campeonato Paranaense. Foi quando surgiu de novo o Tricolor em sua vida, convidando-o para comandar a equipe na Segundona.
Liderando um elenco restrito, por conta das dificuldades financeiras do Paraná, Matheus Costa vem obtendo resultados. Chegou à vice-liderança da Série B no primeiro turno, mas depois de resultados ruins passou a ficar posicionado na ‘porta’ do G4. Já esteve mais perto do acesso, mas certamente também esteve mais longe. “A gente não pode aceitar, faltando um ou dois pontos para o G4, uma faixa ‘fora, Matheus’ e ‘fora, presidente’”, reclamou o treinador.
Matheus pode se apoiar nos números. São ao todo, nas duas passagens, 51 partidas do Paraná Clube comandadas por ele. E o retrospecto é positivo: 22 vitórias, 14 empates e 15 derrotas, com aproveitamento de 51,61%. Os dois antecessores do treinador também têm mais de uma passagem pelo Tricolor, mas com números piores – em 60 partidas, Dado Cavalcanti teve 45,56 de aproveitamento; e Claudinei Oliveira, com 57 jogos, teve rendimento de 42,11%.
Outro fator que é favorável a Matheus na comparação com os ex-técnicos é que ele só comandou o Paraná na Série B, enquanto Claudinei e Dado têm números que também combinam partidas pelo Paranaense – que tem um nível técnico inferior.
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E, talvez o mais importante, o atual treinador paranista tem a possibilidade de conseguir dois acessos para a primeira divisão, feito inédito na história do clube. “Vamos brigar até o fim. Muitos falaram que a gente brigaria para não cair. E muitos não acreditam no nosso acesso, mas vamos continuar brigando, pode ter certeza disso”, finalizou Matheus Costa.
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