O Paraná Clube estreou a nova camisa para a reta final da Série B na vitória por 2×0 diante do Luverdense, na última sexta-feira (10), na Vila Capanema. Na terça-feira (14), no empate em 0x0 com o Santa Cruz, foi a vez da camisa número dois ser ‘apresentada’ O vestimento é especial e deverá marcar a saída da Topper do clube. O contrato era de três anos e sete meses.
Desde o mês passado, as lojas físicas e virtuais do Tricolor não recebem novos produtos da marca. A justificativa de quem trabalha nelas era de que o novo uniforme sairia em novembro, mas já sinalizando em breve o fim da parceria entre as partes, que vem desde o início de junho de 2016.
Diferente de anos anteriores, o clube não fez nenhuma promoção ou ação para promover o lançamento da coleção, que conta ainda com camisas de treino e para a comissão técnica. Somente minutos antes do jogo de sexta, as redes sociais paranistas anunciaram a estreia da camisa 1, tradicionalmente azul e vermelha.
O anúncio também foi feito no intervalo da partida para os pouco mais de 13 mil presentes no estádio. A comercialização é somente para os sócios.
“E hoje estreamos uma nova armadura para um novo campeonato que começou. Serão quatro decisões que podem mudar a história do clube. Será uma edição limitada do novo manto. 500 camisas serão vendidas exclusivamente aos sócios na Loja PRC da Sede Kennedy, a partir das 9h. 500 mantos, somente no tamanho G, no valor de R$ 250,00. Sócio tem 10% de desconto. Uma unidade por sócio”, afirma o texto.
Durante esse um ano e meio, houve ‘problemas dos dois lados’. Novamente aconteceu um imbróglio sobre o repasse do percentual de venda do Paraná à fornecedora, como já tinha acontecido com outras marcas – algo que foi resolvido. A promessa de uma megastore, bancada pela marca, na Vila Capanema, não aconteceu.
O fim da parceria, entretanto, parte da Topper por questão de posicionamento e estratégia no mercado. Atualmente, a fornecedora conta com dez clubes como clientes, incluindo o Tricolor. Os outros são Botafogo, Atlético-MG, Vitória, Goiás, Náutico, Ceará, Guarani, Brasil-RS e Remo. A ideia da fornecedora é diminuir esse cartel, ficando somente com equipes do alto nível do futebol brasileiro. A tendência é que só os time carioca e mineiro sigam com ela em 2018.
Confira a classificação completa da Série B
Com a negativa, a diretoria paranista agora buscará uma nova marca. No início do ano passado, o clube chegou a se aproximar da canadense Dry World, mas recuou por divergências financeiras, como comissão e percentual de vendas, além do receio pela empresa ser nova no Brasil. Uma decisão vista como acertada, haja visto o rompimento de Fluminense e Atlético-MG sete meses depois da assinatura com a fornecedora.
As marcas Umbro e Super Bolla mostraram interesse em um passado recente e já até entraram em contato com a direção. Penalty e Kappa, antes da Topper, chegaram a conversar com o clube – a primeira já forneceu material ao Tricolor entre 2007 e 2009 – e podem retomar as negociações novamente.
O novo uniforme da Topper deve ser usado até o final do Campeonato Paranaense, até porque demanda tempo para fechar um contrato com a futura fornecedora e aprovar e produzir uma nova coleção. A BR Sports, empresa detentora da marca no Brasil, foi procurada e não se manifestou até o fechamento da reportagem, assim como o Paraná.