Segundona

Notícia boa pra Paraná Clube e Londrina: Série B tá mais equilibrada do que nunca

De um lado, Cristian de Souza, menos de uma semana no Tricolor. De outro, Cláudio Tencati, mais de seis anos de Tubarão. Fotos: Jonathan Campos e Gustavo Oliveira/Londrina EC

Muitas vezes começamos a acompanhar o Campeonato Brasileiro da Série B dizendo algo semelhante a “só há uma vaga em disputa” ou “só há duas vagas em disputa”. Neste ano, mesmo com um dos grandes na competição, o Internacional, a Segundona está aberta como há muitos anos não estava. Chance de ouro para Paraná Clube e Londrina chegarem onde sonham, a elite – com sua visibilidade, sua valorização e, claro, seu dinheiro.

Confira a tabela da Série B!

Pelo 12º ano consecutivo sendo disputada em pontos corridos, a Série B de 2017 reúne equipes em recuperação e outras em baixa. E é isso que transforma o que em tese seria uma competição desequilibrada num campeonato imprevisível. Olhando apenas na lista dos clubes, seria fácil apontar Internacional, Goiás, América-MG e Figueirense como os principais candidatos ao acesso. Mas o Colorado não se acertou na temporada e perdeu o título gaúcho para o Novo Hamburgo, o Goiás está numa entressafra há algumas temporadas, o Coelho decepcionou no Mineiro e o Figueirense quase foi rebaixado em Santa Catarina.

Outros times tradicionais, como Santa Cruz, Náutico, Criciúma e Juventude, estão também vivendo momentos de reconstrução. A equipe de Caxias do Sul, por exemplo, é uma das que subiu da Série C, junto com o Guarani (que ainda sofre com a crise financeira) e o Boa Esporte – este tristemente famoso nesta temporada por ter contratado o goleiro Bruno, que “deixou o clube” para voltar à prisão após decisão do Supremo Tribunal Federal.

O quarto clube que subiu da Terceirona pode ser considerado um “emergente”. O ABC ganhou o campeonato potiguar, apostou em Geninho (sim, o campeão brasileiro de 2001 pelo Atlético) e chega sonhando com o acesso. O alvinegro é o primeiro adversário do Paraná Clube, neste sábado (13), às 16h30, no Frasqueirão, em Natal. Quem também pode surpreender é o Paysandu, que conta sempre com o apoio irrestrito do torcedor, seja na Curuzu, seja no Mangueirão. Apoio da galera é o que o Ceará também espera – o Vozão também conta com o interminável Magno Alves, que voltou ao clube para encerrar a carreira. Apostando no técnico Léo Condé, o CRB quer incomodar.

Times que chegaram a ameaçar em anos anteriores, como Vila Nova, Luverdense e Brasil de Pelotas, este ano chegam mais discretos. E o candidatíssimo ao rebaixamento é o Oeste, que quase caiu na Série A2 do Paulista e vai jogar em Barueri, onde dificilmente terá torcida.

Com esse panorama, os times paranaenses podem sim sonhar com o acesso. O Londrina quase chegou lá no ano passado, e o técnico Cláudio Tencati quer melhorar nesta Segundona o que foi o calcanhar de Aquiles do time em 2016 – o rendimento irregular da equipe jogando em casa. Apostando na experiência de Zé Carlos, Germano, Celsinho e Brandão, o Tubarão quer completar um ciclo que começou na segunda divisão estadual há apenas seis anos. E o primeiro passo será justamente contra o Inter, neste sábado, às 16h30, no estádio do Café.

E o Paraná Clube entra com o melhor rendimento em campo desde que foi rebaixado, em 2007. Segunda melhor campanha do Paranaense (mesmo com a eliminação nas quartas de final), classificado para as quartas da Primeira Liga e para as oitavas da Copa do Brasil, o Tricolor teve um duro golpe com a perda do técnico Wagner Lopes. Mas com a contratação de Cristian de Souza, e a manutenção dos principais jogadores da equipe, o projeto do acesso segue firme. E o sonho do futebol paranaense ter quatro times na Série A está mais vivo do que nunca.

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