"Bagunça organizada"?

No Paraná Clube, declaração de Nikão é tomada como “provocação”

"O jogo vai mostrar tudo", atirou Eduardo Brock. Foto: Henry Milleo

“O Paraná é uma equipe que joga muito fechada procurando encaixar um contra-ataque. E depois que atacam voltam todos na linha do meio de campo. É meio que uma bagunça organizada”. A declaração de Nikão na entrevista coletiva da sexta-feira (31) no Atlético não foi exatamente bem recebida no Paraná Clube. Por mais que os jogadores e o técnico Wagner Lopes tenham tentado manter o ambiente sereno, sentiu-se no ar uma certa tensão com a forma que o camisa 11 do Furacão tratou o rival do jogo deste domingo (2), às 16h, na Arena da Baixada.

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Wagner Lopes fez força para dizer que estava tudo normal. “Eu não vi a declaração, não tenho como comentar em cima. Mas com certeza ele não quis dizer isso. Deve ter se expressado mal”, disse o treinador paranista quando confrontado com o tema Nikão, que dissera a frase uma hora antes da entrevista no Ninho da Gralha. A explicação do técnico para a frase dá o tom da reação interna tricolor. “Faz parte do folclore do futebol, uma disputa sadia, de querer a rivalidade. Futebol ultimamente está muito chato, não tem mais aquela provocação. Eu encaro numa boa”, completou.

O treinador do Paraná Clube não é de provocações. Pelo contrário. Antes do primeiro clássico, na quarta-feira (29), vencido pelo Tricolor por 1×0, ele não perdeu nenhuma chance de conversa com os jornalistas para elogiar o Atlético e o técnico Paulo Autuori, que conheceu quando os dois estavam no Japão. Antes da partida na Vila Capanema, os dois tiveram uma conversa animada encerrada com um abraço forte e carinhoso.

Só que tem gente com menos proximidade com a turma rubro-negra, e que não engoliu bem a história de Nikão. É o caso do capitão Eduardo Brock. O zagueiro, um dos destaques do Paranaense, ao tentar garantir que estava tudo bem, mostrou que não estava nada bem. “Não concordo. Como é que uma bagunça vai ser organizada. “Mas é a opinião dele, acho que não gera polêmica. O jogo vai mostrar tudo”, afirmou.

Time

Wagner Lopes não quis confirmar a escalação do Paraná Clube para o clássico. Mas a tendência é que os cinco titulares que não puderam atuar contra o Atlético na última quarta retornem ao time. A provável formação seria: Léo; Diego Tavares, Airton, Eduardo Brock e Kaike; Gabriel Dias, Alex Santana, Guilherme Biteco e Renatinho; Robson e Felipe Alves.

Nossa opinião: Seremos sempre reféns da desorganização do futebol paranaense?

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