Ninguém do Paraná Clube conseguiu explicar o que aconteceu nos 15 minutos finais da partida contra o Criciúma na sexta-feira (23). Também pudera, o Tricolor ganhava por 2×0 quando sucumbiu a pressão do adversário e levou três gols, um atrás do outro. Aos 32 minutos, Gustavo diminuiu o placar para a equipe catarinense. Aos 41, o próprio Gustavo empatou e já nos acréscimos, aos 47 minutos, Ricardinho garantiu a vitória do Tigre.
Na saída do gramado, o semblante de decepção era claro na cara dos jogadores paranistas. “Não existe explicação” disse o lateral Diego Tavares. O volante Jean destacou que se o Tricolor pretende subir para a primeira divisão, não pode perder desta maneira. “Se a gente pretende subir, não pode deixar escapar um resultado desse”, explicou.
O técnico Marcelo Martelotte também admitiu que a derrota – da maneira que ocorreu – é inexplicável, mas tentou ressaltar os pontos positivos da equipe durante a partida. “O mais difícil é explicar o resultado. A atitude do nosso time foi positiva, tivemos um primeiro tempo equilibrado e o mais difícil é explicar os 10 minutos finais. No jogo, até o empate era para lamentar, mas não adianta achar que isso vai atrapalhar o trabalho”, comentou.
Para o comandante do Tricolor, o Paraná falhou no primeiro gol do Criciúma, mas o principal problema foi ter deixado o Tigre crescer na partida. “Sofremos o primeiro gol em um erro de posicionamento e demos a esperança para o Criciúma. Quando você dá essa condição, precisava brigar até o final e a pressão poderia não ter acontecido se tivéssemos a vantagem de dois gols por mais tempo”, explicou.
Mas a derrota não deve influenciar negativamente a atuação da equipe nos próximos jogos, pelo menos é o que acredita Martelotte. “Da maneira como foi, a derrota doeu, mas temos que lembrar que foi fora de casa. Não temo pela reação do grupo, que tem demonstrado um potencial grande e vai reagir bem a esse tipo de situação”, concluiu.