Quando foi contratado para treinar o Paraná Clube, Marcelo Martelotte viu um time com um problema claro. E quatro jogos depois, ele já começa a ver os resultados de sua primeira missão – arrumar a defesa tricolor, que tinha entrado em parafuso nas rodadas anteriores.
Foi uma pane e tanto. Depois de dois jogos sem sofrer gols, o Tricolor foi goleado pelo Náutico na oitava rodada da Série B. A derrota por 5×1, com várias falhas do sistema defensivo, minou definitivamente o trabalho de Claudinei Oliveira, que acabou demitido. “Eu vi o que aconteceu contra o Náutico, e mesmo no meu primeiro jogo, contra o Luverdense, também tivemos dificuldades defensivas”, recorda Martelotte.
Um susto para ele, porque o Paraná tinha sofrido doze gols em dez rodadas – Contra Náutico e Luverdense foram sete gols sofridos, e nas oito partidas restantes apenas cinco. Mesmo assim, o técnico decidiu. “Vi uma insegurança defensiva na equipe. E num primeiro momento era isso que a gente precisava trabalhar, apesar de eu querer sempre ter uma equipe ofensiva”, comentou Marcelo, depois da vitória da terça-feira (28) sobre o Vasco, no Rio de Janeiro.
Na “era Martelotte”, foram três gols sofridos em quatro jogos. Mas a evolução é clara, ainda mais que o último jogo foi contra o time de melhor ataque da Segundona. E o crescimento veio com a conscientização de todos. “Os jogadores entenderam que era preciso concentração maior do time como um todo para que pudéssemos evoluir neste sentido”, disse o técnico paranista.
A equação é simples – quanto melhor o sistema defensivo, menos os riscos. “Acertar a marcação faria a gente sofrer menos contra adversários de qualidade e aumentar a chance de vencer as partidas”, resume Marcelo Martelotte, que arrumando a ‘cozinha’ tinha confiança que a turma da frente iria conferir, como foi contra Joinville e Vasco. “No momento que a gente se ajeitasse, eu sabia que os homens de frente iriam usar a qualidade que têm. Temos capacidade individual para resolver as partidas”, completou.