Avaliação

Martelotte usa estilo “bate e assopra” após o empate com o Oeste

"A gente viu uma queda de produção ainda quando estava 2x0", comentou Marcelo Martelotte. Foto: Alê Vianna/Estadão Conteúdo

O que o Paraná Clube e o técnico Marcelo Martelotte passaram nas últimas semanas não foi fácil. Jogos duros em casa sem gols, vitórias garantidas que viram derrota e empate, gols nos instantes finais das partidas. Nada muito usual, mas principalmente nada que agrade ao treinador paranista, que valorizou o empenho do time, elogiou o comportamento tático no primeiro tempo, mas lamentou muito a queda de produção contra o Oeste, num jogo que começou com ampla vantagem tricolor e terminou no desespero para garantir um empate.

A análise de Martelotte começa positiva. “Jogamos bem o primeiro tempo, organizados, aproveitando a posse de bola, voltamos com a vantagem boa no placar, que não garante nada, mas tivemos uma queda de produção. Demos espaço ao adversário, que gosta de tocar a bola. Eles tiveram méritos, principalmente no primeiro tempo, e acabamos encolhendo. Não tivemos mais o equilíbrio do primeiro tempo, em fazer com que eles se preocupassem mais”, diz o treinador, que apostou na mesma equipe que terminou a partida contra o Sampaio Corrêa, à exceção de Lúcio Flávio, que só entrou no segundo tempo no lugar de Guilherme Queiroz.

Apesar dos três gols levados em apenas 16 minutos, Martelotte não quis chamar de apagão o que aconteceu com o Paraná. “A gente viu uma queda de produção ainda quando estava 2×0, que permitiu o início da reação do Oeste. É difícil jogar isso só no psicológico. Por outro lado, quando sofremos o terceiro, não desistimos e fomos buscar. Aquele seria o momento de entregar o jogo se o psicológico fosse fraco, não vejo por esse lado. Tivemos uma mudança de postura que não pode acontecer”, comentou.

Para Lúcio Flávio, de novo o salvador tricolor, melhor é ressaltar o espírito de luta do time após a virada do Oeste. “Fomos guerreiros até o final, nunca largamos, e Deus me abençoou mais uma vez e pude fazer o gol de empate”, disse o camisa 19, que fez um bom resumo do que precisa acontecer na partida decisiva do próximo sábado, na Vila Capanema, contra o Londrina. “Não podemos vacilar”, finalizou.