O técnico Marcelo Martelotte não é mais o técnico do Paraná Clube. A terceira derrota seguida na Série B sofrida na tarde de sábado (24), em plena Vila Capanema, para o Náutico, encerrou o ciclo do treinador no Tricolor. Com ele, também deixou o clube o auxiliar-técnico Antônio Carlos Júnior. Pouco mais depois de três meses depois da sua chegada, Martelotte teve o baixo rendimento de apenas 37% e, por isso, o time paranista não briga mais pelo acesso e se aproxima perigosamente da zona de rebaixamento da Segunda Divisão.
Ao todo, Marcelo Martelotte comandou o Paraná em quase um turno da Segunda Divisão. Foram 18 jogos a frente do time paranista com apenas cinco vitórias, cinco empates e oito derrotas, totalizando aproveitamento de apenas 37%, inferior ao de Claudinei Oliveira que, agora no Avaí, colocou o time catarinense na terceira colocação e na briga direta pelo acesso à Primeira Divisão.
Sua melhor fase foi a partir da 12ª rodada, quando conseguiu emplacar três vitórias seguidas. Os resultados positivos colhidos contra Joinville, na Vila Capanema, e Vasco e Bragantino, fora de casa, colocaram o Tricolor muito perto de entrar no G4 da competição nacional. Mas na sequência, os tropeços colhidos contra Avaí e Paysandu, dentro de casa, esfriaram a tentativa do clube de brigar pelo acesso e provou a falta de capacidade do time paranista em conseguir uma regularidade dentro da Série B do Campeonato Brasileiro.
Ainda depois da partida contra o Náutico, Martelotte preferiu não projetar o futuro e lamentou, durante este tempo que esteve a frente do time paranista, não ter conseguido achar um time ideal. O treinador, que depois da derrota para o Bahia, no final de agosto, chegou a colocar o cargo à disposição, enfrentou muitos problemas com a falta de reposição no elenco do Tricolor, sobretudo diante de muitos desfalques por lesões ou por atletas que deixaram o clube negociados com outros clubes.
Martelotte, quando contratado, foi a aposta da diretoria que, na palavra do seu presidente, Leonardo Oliveira, afirmou que o clube está corrigindo a rota para brigar, ainda em 2016, pelo acesso à Primeira Divisão. Na prática, porém, pouco resultado foi visto e o treinador foi demitido após uma reunião da cúpula paranista realizada neste domingo.
Com mais quatro dias até o duelo contra o Goiás, quinta-feira, no Serra Dourada, a diretoria paranista corre agora atrás de um substituto para comandar o Tricolor na reta final da competição nacional para manter o Tricolor na Série B do Brasileiro. O nome preferido da diretoria é o do técnico Léo Condé, que atualmente está sem clube e isso facilitaria uma negociação com o novo treinador.