Um dia depois de golear o Brasil de Pelotas por 4×1, na Vila Capanema, e de quebrar o jejum de vitórias que já durava três rodadas, o Paraná Clube apresentou ontem o técnico Lisca como seu novo comandante para a continuidade da temporada. Com o time paranista no meio da tabela, o treinador já traçou uma meta para que o clube saia da fila de dez anos e volte para a elite do futebol brasileiro em 2018.
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Para Lisca, o Tricolor precisa fazer 65 pontos para conseguir o acesso. No entanto, ele admitiu que o primeiro objetivo será evitar o rebaixamento para a Série C. Por isso, precisa atingir o quanto antes a marca dos 45 pontos.
“A única regra é ter mais de 65 pontos. O número mínimo é 45 para permanência e 65 para conseguir o acesso. Estamos bem no meio da tabela, os clubes estão mais próximos na tabela e os resultados têm se trocado muito”, afirmou.
Para seguir sonhando com esse acesso ainda este ano, o técnico sabe da importância de emplacar uma sequência de bons resultados. Por isso, garantiu que o Paraná vai buscar pontuar o máximo possível no encerramento do primeiro turno diante de Luverdense e Boa Esporte, fora de casa, e Santa Cruz e CRB, na Vila Capanema.
“Vamos tentar. Meu objetivo é fazer o máximo de pontos possíveis. Quero fazer os 12, mas sei que é difícil. Não faço meta longa, trabalho jogo a jogo e cálculos são complicados de fazer”, acrescentou.
Lisca volta a comandar um clube depois de, no ano passado, não ter conseguido livrar o Internacional do rebaixamento à Série B. Com o Paraná, o treinador quer fazer o caminho inverso. O novo comandante do Tricolor sabe da responsabilidade que terá pela frente, já que o torcedor paranista segue agonizando na Segundona há dez temporadas.
“Um clube tradicionalíssimo, uma camisa muito forte e uma torcida que está há dez anos na Série B e está louca para voltar a comemorar e a vibrar com as conquistas que o Paraná teve num passado não tão distante. Equipe tem um potencial de melhoria. A gente vai pretender também trabalhar com a identidade do clube. Esses dois dias de conversa foram importantes pra isso”, cravou o novo treinador.
Confira a tabela completa da Série B!
Conhecido como ‘Lisca doido’, ele explicou a origem do apelido, mas garantiu que não deixa isso influenciar em seu trabalho. O nome pegou em 2012, quando treinava o Juventude e se fortaleceu na sua passagem pelo Ceará, quando chegou a vestir a cabeça do mascote após vencer uma partida pela Série B de 2015.
“Foi no Juventude, em 2012. Com muita dificuldade financeira, estrutural. Assumi com o grupo de jogadores e funcionários, a gente comprou a bronca. O torcedor do Juventude reconheceu isso e adaptou o grito de “Papo, Papo doido” para “Lisca, Lisca doido”. Quando fui pra o Náutico, fui ver os jornais e já estava “doido”. No nordeste, cantavam “Ah, é Lisca doido!”. Depois, fui para o Ceará, e a torcida inventou uma música. Eu tava querendo parar com isso. Me atrapalha no mercado, porque não sabe que é uma coisa carinhosa, doido não ficou muito legal. Depois que as pessoas entendem, não vejo problema nenhum”, concluiu Lisca.