Um dos grandes diferenciais do Paraná Clube no início da temporada era a capacidade de manter o ritmo e o nível de atuação mesmo alterando seguidamente a equipe. No “rodízio” implantado por Wagner Lopes durante todo o Campeonato Paranaense, para que o time também priorizasse a Copa do Brasil e a Primeira Liga, o Tricolor mudava praticamente a cada partida, e mesmo assim obteve ótimo aproveitamento. Esse diferencial não se repetiu durante a Série B, e o técnico Lisca tomou o que ele chama de “tornar o grupo homogêneo” como uma prioridade para o início de seu trabalho.
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Apesar de já ter estreado na semana passada no empate com o Luverdense, Lisca está tendo agora o primeiro período de trabalho com os jogadores do Paraná. E em todos os dias pediu que o grupo fosse integrado por completo. “Pra mim, o jogador que tá jogando e aquele que está na considerada ‘terceira equipe’, têm a mesma importância e o mesmo valor”, afirmou o treinador, em entrevista coletiva na quinta-feira (27).
A atitude também serve para fazer com que todos os jogadores compreendam rapidamente a forma de trabalhar do novo técnico. “O trabalho é intenso. Ele procura extrair ao máximo de cada um, mostrando o que deseja para o time”, admitu o lateral-direito Cristovam. Em cinco dias de treinamentos, Lisca aprovou a semana. “Deu pra introduzir algumas coisas e dar sequência no que vinha sendo feito. Trabalhar todo o grupo de maneira homogênea”, resumiu.
Outra vantagem para o plano do “Doido” foi poder contar com quase todo o elenco à disposição – apenas Vítor Feijão, Júnior, Marcos e Guilherme Biteco estão no departamento médico. “É importante ter praticamente todos à disposição. Não tenho dúvida que esse elenco é competitivo e vamos procurar melhorar cada vez mais o desempenho coletivo”, garantiu Lisca, que se preocupa muito com o sistema defensivo. “Sofremos no posicionamento. Já mudamos pra individual, mista, zona, e não achamos solução. É uma questão de atitude”, disse.
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Por isso, a prioridade foi mesmo treinar a defesa. “Já tive algumas situações que pude trabalhar. Um posicionamento, circulação de bola mais rápido, padrão coletivo. Uma definição melhor de marcação, de cobertura, de sistema defensivo. Bola parada defensiva, eu consegui dar uma ênfase legal no trabalho”, relatou Lisca, empolgado para a partida diante do Santa Cruz, neste sábado (30), às 16h30, na Vila Capanema. “Vamos mirar sempre o topo, mesmo reconhecendo o equilíbrio e as dificuldades desta Série B”, finalizou.
