Lisca deve ser o novo comandante do Paraná Clube para a sequência da temporada de 2017. A diretoria paranista ainda não confirma, mas o treinador está em Curitiba para acertar os últimos detalhes com o Tricolor, e deve ser anunciado nesta terça-feira (18). “Não tem nada fechado ainda. Tem interesse das duas partes, vim para conversar pessoalmente e vou assistir o jogo”, declarou o treinador à Gazeta do Povo. “Vou conversar coma diretoria antes e durante o jogo. Provavelmente, depois da partida, deve ter uma posição oficial”.

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Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, o Lisca, 44 anos, tem mais de 25 anos de trabalho como treinador, entre equipes de base e futebol profissional. Fez todo o início da sua carreira no Rio Grande do Sul, seu estado natal, e por lá comandou seu primeiro clube de destaque, justamente o Brasil de Pelotas, em 2007. No Caxias, no Juventude e no Náutico, fez bons trabalhos, mas se destacou de verdade no Ceará, em 2015, quando assumiu a equipe em situação desesperadora na Segundona e conseguiu fugir do rebaixamento.

Ano passado, Lisca teve o maior desafio de sua carreira. Foi contratado pelo Internacional para comandar a equipe nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro, mas não obteve sucesso. Acabou rebaixado e demitido, sendo substituído por Antônio Carlos Zago. Desde então, não comandou nenhuma outra equipe.

Lisca ganhou um outro apelido que virou “sobrenome de apelido”. Virou o “Lisca Doido” desde o Juventude, por conta do estilo malucão, de provocar os adversários e motivar a torcida dançando, chegando até a sair correndo com a cabeça do mascote do Ceará no dia da fuga do rebaixamento.

Ambiente

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O clima entre o grupo não é dos melhores depois da demissão do técnico Cristian de Souza, mas o volante Leandro Vilela garantiu que a meta é, diante do Brasil de Pelotas, dar um bico na má fase e voltar a vencer na Série B do Campeonato Brasileiro. “Vou ser bem sincero. Depois do jogo contra o Oeste ficou um clima chato. Fomos buscar os três pontos, mas não conseguimos. Sobre o Lisca, confesso que é muita história que se ouve falar. Não sei se é ele mesmo ou não. Se vier será muito bem acolhido pelo grupo”, apontou.

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O atacante Alemão, bastante sincero na entrevista concedida na tarde desta segunda-feira, na Vila Capanema, lamentou a fase ruim e a mudança no comando técnico do Paraná Clube. O centroavante paranista dividiu a responsabilidade com o grupo e alertou que, se a fase não mudar, as mudanças no elenco podem começar a aparecer.

“Hoje em dia no futebol brasileiro é assim, mas não tinha que ser, como se a culpa fosse só dele (do treinador). A culpa é dele sim, que escala, escolhe os atletas, mas nós jogadores temos parcela de culpa. Tem que jogar e dar a resposta. Eu também não fiquei feliz com o jogo de sexta, estou até hoje puto da vida. Nosso time tem mais qualidade que o Oeste. Mas já foi, é passado. Não estou em defesa de ninguém e não é só o Paraná que é assim, que perde e manda o treinador embora. Se continuar com os mesmos resultados negativos vai sobrar para o jogador e não pode. Não é isso que a gente quer. O Paraná está há dez anos na Série B. Não tem porque um clube grande desse. Tem que brigar pelo acesso”, finalizou Alemão.