O recesso do Campeonato Brasileiro da Série A por conta da Copa do Mundo era o tempo extra ideal para que o meia Guilherme Biteco pudesse voltar a jogar com 100% de sua capacidade. Fora de campo por um ano por conta de duas cirurgias, ele vestiu novamente a camisa do Paraná Clube no dia 27 de maio, quando entrou nos minutos finais no empate em 0x0 contra o Atlético, e a expectativa era que em breve retornasse com força total à titularidade.
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O jogador é visto como peça fundamental para a arrancada do time no Brasileirão e, principalmente, essencial na fuga da zona de rebaixamento. Entretanto, no período que os jogadores tiveram para descansar, Biteco não cumpriu as recomendações do departamento médico do clube. Ele forçou sua lesão e acabou piorando sua recuperação, que estava em progresso. Por isso, o jogador foi multado pelo departamento de futebol do Tricolor, que não divulgou o valor da punição.
Um dos agravantes para que a multa fosse aplicada é que para os 10 dias que os jogadores tiveram de folga, o departamento físico, de fisiologia e de fisioterapia do clube elaborou um cronograma de atividades para que os atletas. Eles deveriam seguir à risca a cartilha e manter alguns treinamentos específicos. As orientações foram elaboradas individualmente e de acordo com a necessidade de cada jogador e, possivelmente, Biteco não seguiu as recomendações.
Os jogadores se reapresentaram ao clube na segunda-feira, mas Biteco só retornou ao Ninho da Gralha na terça, pois estava em Recife tratando de um problema jurídico com o Santa Cruz. Na volta às atividades, a ‘surpresa‘ de que o jogador precisaria voltar aos tratamentos. “Foi uma lesão grau um, no músculo posterior da coxa esquerda. Já iniciamos o tratamento, mas o tempo médio de recuperação é de aproximadamente quinze dias”, disse Bernardo Ferreira da Luz, médico do clube.
Histórico
Em junho de 2017, Biteco rompeu o tendão de Aquiles, no jogo contra o Figueirense, pela Série B do Brasileirão. Por conta disso, teve que se submeter a uma cirurgia. Ainda em recuperação, apresentou problemas no joelho, e em novembro fez um novo procedimento, só conseguindo retornar aos gramados em 2018.
Ainda que faltem 20 dias para que o Paraná Clube volte a campo, não se sabe se até lá o jogador terá condições de voltar a atuar. O técnico Rogério Micale lamentou a ausência do meia. “É ruim, pois contávamos com o jogador para iniciar esse trabalho no mesmo nível dos demais atletas. Agora, teremos que recomeçar tudo novamente, sem uma previsão concreta de quando teremos o Biteco no mesmo estágio físico e técnico dos demais”, comentou o treinador. O próximo compromisso do time será no dia 18 de julho, contra o Vitória, em Salvador.
Outra esperança
Se Biteco terá que correr contra o tempo para estar apto a jogar, outro atleta paranista que está aproveitando o período sem jogos para tentar voltar a atuar nos 90 minutos é Carlos Eduardo. O meia chegou ao Tricolor em fevereiro deste ano e, ainda que ainda não estivesse em plena forma para atuar como titular, fez dois gols pelo Campeonato Paranaense.
A esperança é que Cadu organizasse o setor de criação do Paraná Clube no Brasileirão, mas ele sofreu uma lesão na panturrilha nos treinamentos antes do jogo contra o Corinthians, pela segunda rodada da competição, e foi vetado pelo departamento médico. Depois disso, Cadu não esteve em campo no tempo total das partidas e vem jogando em curtos períodos até que esteja plenamente em condições.
Confira a tabela e a classificação da Copa do Mundo!
Vistos por muitos como as grandes estrelas do elenco, Guilherme Biteco e Carlos Eduardo terão mais alguns dias para se preparar e, quem sabe, contribuírem para que o Paraná Clube termine o ano ainda na Série A.