Não é preciso sair de casa para Leonardo Oliveira, eleito presidente do Paraná Clube na quarta-feira, ser perguntado sobre a venda da sede da Kennedy, principal assunto tricolor nas últimas semanas. “Meu filho joga futsal na Kennedy há cinco anos. Ele me pergunta todo dia. Ele olha para mim e diz: ‘Você vai ter mesmo que vender?’”.

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Será assim a partir de agora e nos próximos três anos, período em que ele comandará o clube. Um dos mais jovens presidentes da história paranista, Leonardo Oliveira conversou com a Tribuna em meio ao jogo do time sub-20 contra o Fluminense, pela Copa do Brasil da categoria (o jogo terminou empatado em 2×2). Foi uma entrevista diferente. Em meio à pergunta do editor Ricardo Brejinski sobre uma possível aproximação com Atlético e Coritiba, Oliveira não conseguiu responder. A meninada estava no ataque, e em vez de uma explicação ouvimos um grito de “gol!”. “Perdi o fio da meada. Tinha que comemorar. Ainda mais um gol do Paulinho de cabeça”, justificou.

Aos 35 anos, o presidente eleito teve uma carreira meteórica no clube. Entre o início no futsal e a eleição da quarta, foram apenas seis anos. Algo ainda mais surpreendente para quem tem as primeiras lembranças vendo o time em campo na Vila Capanema. “Eu sou da torcida organizada, minha origem é lá”, confirmou.

Daquele jovem que vibrava ou sofria na Curva Norte haverá pouco nos gabinetes da Kennedy (se a sede não for vendida). “Eu sou um cara tranquilo. E a nossa torcida tem uma forma de agir diferente das outras. A torcida do Paraná Clube vinha cobrar dirigente para pagar salários em dia. Não conheço outro clube em que isso aconteça”, disse.

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Serenidade que será importante nos momentos difíceis que o clube está passando. E que Leonardo Oliveira garante que não vai encarar sozinho. “Montamos a chapa com pessoas que vão se dedicar. Nós escolhemos passar pela eleição, e por isso agora temos três anos para estar todo dia no Paraná Clube. A minha esposa e meus filhos sabem disso e me apoiam”, comentou o presidente eleito.

Integrante do grupo “Paranistas do Bem”, Oliveira quer ampliar a credibilidade do Tricolor. “O torcedor tem motivos para não estar mais próximo. Vários dirigentes criaram um mundo de fantasia no clube. E nós queremos falar a verdade. Quanto mais falarmos a verdade, mais vamos trazer paranistas para ajudar”, garantiu. Que ele tenha sorte.

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Leonardo Oliveira falou muito mais. Tratou do futebol (o principal tema da conversa de ontem), dos planos para 2016, se Fernando Diniz fica ou não fica, a relação com os rivais da cidade, se é a favor ou contra a Liga Sul-Minas-Rio. E, claro, se o Paraná Clube terá que vender a sede social da Kennedy – ou qualquer outro patrimônio – para saldar as dívidas. Tudo isso você lê na segunda-feira, no Paraná Online.