Nada é simples quando se trata da delicada situação financeira do Paraná Clube. O leilão da sede do Boqueirão (não a área da Vila Olímpica, mas onde ficavam as piscinas), que aconteceu na quinta-feira da semana passada (30), não serviu para nada. A empresa que arrematou o espaço desistiu após conhecer a área, e por isso outro leilão vai acontecer nesta quinta (6), às 10h.
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Segundo o Paraná, foi feito o chamado “lance condicionado”. Quando isso acontece, o possível comprador faz o lance, arremata provisioriamente (claro, se não houver nenhuma proposta maior) e faz as verificações que achar necessárias. No caso da empresa de São Paulo, a interessada na sede do Boqueirão, a conferência foi em uma visita ao local, que aconteceu ainda na sexta-feira (31) seguinte ao leilão. Eles encresparam com alguma coisa e desistiram do negócio.
E nem precisam dizer o motivo de largarem mão da compra. “Como eles fizeram um lance condicionado, não precisaram justificar, o clube não sabe a razão”, resume o advogado do Paraná, Alessandro Kishino. Assim, volta a expectativa, agora para o leilão desta quinta, na mesma casa leiloeira, a PB Castro, no bairro Mercês. E pode acontecer tudo de novo. “Nada impede este mesmo grupo de voltar amanhã (quinta) e participar novamente do leilão. A gente não sabe a razão pela qual o arremate não foi concretizado”, avisa Kishino.
Entenda o caso
O imóvel foi a leilão em decorrência de uma ação do ex-professor de futsal do Tricolor, Vinícius dos Santos França. A ordem de execução veio da 2.ª Vara de Trabalho de Curitiba. De acordo com a avaliação prévia, a área de 22 mil metros quadrados valeria R$ 18,1 milhões, mas o leiloeiro estipulou metade disso como lance mínimo no primeiro leilão.
O Paraná espera uma definição do tema, pois conta com este dinheiro para negociar ações trabalhistas e diminuir seu passivo. A expectativa do clube é de usar o valor para quitar débitos, liberar recursos bloqueados e aderir ao Ato Trabalhista.