Torcida tá na bronca

Jogadores do Paraná admitem que é hora de dar um algo a mais

A derrota por 2×1 para o Luverdense, na noite de sexta-feira (17), na Vila Capanema, impediu que o Paraná Clube encostasse de vez no G4 da Série B. Ao final da partida, sob vaias e muitos protestos do torcedor paranista, o time, na estreia do técnico Marcelo Martelotte, saiu lamentando mais uma vez uma atuação abaixo da média e as falhas que fizeram o Tricolor sofrer mais um revés na Segunda Divisão. 

“A gente que está no dia a dia aqui, a gente sabe que precisa evoluir cada vez, sabe das dificuldades. Sabemos que é muito pouco o que estamos fazendo na competição e temos que reverter. É hora de dar um a algo a mais de cada um, se tiver que treinar mais vamos treinar mais para buscarmos ser felizes dentro da competição”, explicou o meia Válber. 

O camisa 10, apesar do abatimento com mais um revés sofrido na Série B, afirmou que não é hora de abatimento, já que na terça-feira (21), fora de casa, o Tricolor terá pela frente o CRB. “A nossa obrigação é vencer os jogos em casa.  Agente sabe das dificuldades da competição. Saímos na frente, tomamos dois gols em bolas paradas que eles souberam aproveitar bem, foram felizes. Não é hora de baixar a guarda, mas sim levantar a cabeça todo mundo, persistir e ver o que tem de errado para acertar durante a competição”, emendou o jogador. 

Depois de um primeiro regular, mas longe de ser brilhante, o Paraná sucumbiu na etapa final e foi presa fácil para o Luverdense virar o jogo. O técnico Marcelo Martelotte, que comandou o time paranista depois de apenas um treino realizado, afirmou que o segundo gol sofrido fez o Tricolor se desorganizar na partida. 

“Após o segundo gol, a gente sentiu certa instabilidade da equipe, principalmente na parte emocional. Tomar dois gols rapidamente em duas jogadas de bola parada, onde tivemos muita dificuldade, fez com que o nosso time desorganizasse e buscasse alguma coisa de forma desordenada. O que vimos foram poucas chances criadas para que o placar fosse diferente. É um início de trabalho. A gente está conhecendo a equipe praticamente neste jogo. Esperamos reagir o quanto antes, e isso exige trabalho desde já”, explicou.

A torcida paranista, pela primeira vez no ano, protestou de forma mais enérgica contra os resultados ruins do Tricolor na Série B do Campeonato Brasileiro. Antes de acabar a partida, a Fúria Independente, principal organizada do clube, se dirigiu para perto do setor social da Vila Capanema e cobrou duramente o time e a diretoria. A equipe foi chamada de medíocre e sem vergonha, e atletas como Fernandes, Pitty e até Lúcio Flávio, artilheiro do clube na temporada, também foram alvos dos protestos.