O atacante Giancarlo pode voltar a vestir a camisa do Paraná pela terceira vez. O jogador, que disputou o Campeonato Paulista pelo Botafogo-SP, negocia o retorno ao Triclor. O atleta tem contrato com o clube até o fim da temporada, mas precisa acertar pendências financeiras antes de selar a volta. Ele alega que tem oito meses de salário a receber.
“Vou tentar um acerto do que está atrasado com o Casinha, que chega a cinco meses do ano passado, mais três meses desse ano, para eu voltar a jogar pelo Paraná”, falou à reportagem.
O centroavante promete vir a Curitiba na próxima semana para conversar com o presidente Luiz Carlos Casagrande e definir a situação. “Falei com ele (Casinha) na segunda, por telefone, mas estava em reunião. Até o começo da semana vamos conversar”, afirmou.
Segundo Giancarlo, seu empréstimo para o time paulista aconteceu para diminuir a folha de pagamento paranista. Antes da troca, ele havia aceito um acordo para receber o valor devido pelo clube em dez vezes, até o fim de 2015. A quantia, no entanto, não foi quitada e o jogador está processando o Tricolor. O atleta ainda cobra do Coritiba na Justiça uma rescisão de R$ 4,4 milhões por causa da transferência frustrada para o coirmão no ano passado.
Na passagem pelo Botafogo-SP, Giancarlo não marcou nenhum gol, apesar da promessa de brigar pela artilharia da competição quando deixou Curitiba. “Em São Paulo o pessoal me conhece, sabe que sou artilheiro. Por isso vou buscar a artilharia do Paulistão. É meu objetivo”, ressaltou, na época.
Marketing é uma incógnita
Já se sabe que a mudança na diretoria do Paraná Clube não foi pacífica. Teve de tudo no processo que desaguou na renúncia de Rubens Bohlen e da ascensão de Luiz Carlos Casagrande como presidente. Mas outra fratura se expôs. A entrada oficial do grupo Paranistas do Bem na vida política do Paraná pode afetar diretamente o departamento de marketing do clube. Os membros da equipe terceirizada que realiza o serviço para o Tricolor ainda não sabem se o trabalho terá continuidade. Com isso, o instável setor pode passar por um novo desmanche.
“Ainda estamos conversando sobre a permanência. A gente já falou com o Casinha algumas vezes, mas tem a questão contratual”, revela Fabrício Stédile – que, ao lado do irmão, Fabiano Stédile, comanda o marketing tricolor desde outubro do ano passado. O custo do departamento pode pesar contra a continuidade do trabalho. “Prestamos serviços remunerados ao clube. Até mesmo nos colocamos à disposição para arranjar um patrocinador para bancar nossos salários no Paraná”, prossegue Fabrício.
O profissional reclama da falta de clareza do grupo Paranistas do Bem. “Estamos esperando o novo grupo se posicionar sobre o que querem. A gente está na dúvida, às vezes pessoas do grupo que não têm cargo no clube vêm falar com a gente, perguntar coisas, isso é muito estranho. Só porque estão colocando dinheiro no clube, não estão mandando. Nossa relação é com o presidente”, reclama Fabrício.
Ainda de acordo com o atual responsável pelo marketing paranista, campanhas como a que almeja 10 mil sócios em dia até o final de 2015 podem ruir em caso de nova reformulação no departamento. Atualmente, o Tricolor conta com 5,6 mil associados em dia, segundo Stédile. (Julio Filho)
