O lateral-esquerdo Igor, do Paraná Clube, vive uma ótima fase dentro de campo. Porém, apesar de estar em seu melhor momento na defesa do Tricolor, o ano começou ruim para o atleta. Um dos poucos remanescentes da campanha do acesso do time em 2017, o jogador estava tendo pouco espaço no time e ficou boa parte da temporada no banco de reservas. Mas ele deu a volta por cima. Quando teve oportunidade de voltar à titularidade, Igor emendou uma boa sequência de jogos, ganhou confiança da comissão técnica e teve, inclusive, seu vínculo com o clube estendido até o final de 2020.
No Campeonato Paranaense, o jogador teve uma discreta participação. Apesar de estar entre os titulares nos dois primeiros jogos do Tricolor no Estadual de 2018, acabou virando reserva. Fez apenas três partidas na competição, sendo que em todas acabou substituído ao longo dos 90 minutos. No Campeonato Brasileiro, Igor também não começou entre os titulares. Ele viu Mansur e Marcelo Baez ganharem mais oportunidades e foi apenas na nona rodada, depois de os companheiros de posição serem vetados pelo departamento médico, que ele pode voltar à titularidade. Igor agarrou a chance e agora está entre os destaques da equipe.
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Além de estar com bom aproveitamento atuando na ala, Igor teve o desafio de jogar como zagueiro no último compromisso do Paraná. Com Rayan cumprindo suspensão automática pelo terceiro amarelo, e, ainda, Jesiel e Charles no departamento médico, o técnico Rogério Micale improvisou Igor na defesa. A ‘solução caseira‘ deu certo e o jogador foi um dos melhores em campo na vitória do Tricolor por 1×0 contra os mineiros.
“Só tenho a agradecer a confiança do treinador. Tive uma queda técnica e fui questionado. Mas, não faltou entrega nos treinos, para dar essa volta por cima”, explicou o lateral, que contou não ser um novato na zaga.
“Já havia jogado no setor, mas sempre há aquela ansiedade. Felizmente deu tudo certo. Jogamos bem e vencemos”, comentou. Após a vitória, Rogério Micale elogiou a atuação de Igor, mas destacou que a prioridade é que ele permaneça na ala esquerda. “Ele é, prioritariamente, lateral. Mas é muito bom sabermos que pode também atuar por dentro, com segurança, bom cabeceio”, destacou o comandante paranista.
Ídolo improvável
Ainda que Igor pouco aparecesse entre os titulares do Paraná Clube no começo da temporada, o pequeno paranista Felipe Petenuce Bonfim, de três anos, sentia a ausência do jogador. Um dos favoritos do elenco do Tricolor desde o ano passado, Felipe não entendia o motivo de o lateral estar fora dos gramados.
Empolgado com o retorno do jogador, e em poder vê-lo de pertinho na Vila Capanema, Felipe queria uma lembrança do ídolo. Ao final do jogo contra o América-MG, o menino começou a chorar na saída do estádio porque queria uma camisa do atleta, como contou a mãe do torcedor, Pollianna Réus Petenuce Bonfim. Assista ao vídeo:
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“O esposo da minha prima conseguiu a camisa do Carlos Eduardo para o filho deles, aí o Felipe começou a chorar desesperado porque queria a camisa do Igor. Como ele é pequeno, não entendia que é difícil conseguir. Aí uma moça me abordou para entender o motivo do choro e falou que conseguiria a camisa. Só depois descobri que era a esposa do Igor”, detalhou a mãe do pequeno.
Polliana conta que o pequeno também é fã do goleiro Richard, mas naquela tarde, só tinha olhos para um jogador do Tricolor.
“Quando estávamos esperando o Igor, o Richard passou e deu oi para nós. Mas quando ele saiu, o Felipe me disse: – Mãe, é o Igor que eu estou esperando”, falou a mãe orgulhosa.
