Um desabafo há dois anos se transformou em união e incentivo dentro do Paraná Clube. O jogo contra o Internacional, marcado para a próxima terça-feira (3), às 20h30, na Arena da Baixada, acabou sendo transferido para a casa do rival Atlético para voltar ao local onde o que parecia ser o fim possa se tornar a maior recuperação emocional do Tricolor.
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“Lá foi dito por nosso diretor de futebol da época que o Paraná ia acabar. Acertei esta locação para demonstrar que nunca acabará, pois é clube de massa”, explicou Carlos Werner, citando o desabafo em lágrimas do gerente de futebol Marcus Vinícius, há dois anos e meio.
O episódio citado pelo investidor ocorreu em fevereiro de 2015. Após uma derrota para o Atlético, o então diretor de futebol do Tricolor, Marcus Vinícius, fez um desabafo melancólico. “Se não se unirem, o Paraná vai acabar esse ano”, previu, chorando.
O empresário, aliás, foi quem ‘comprou’ os direitos da partida diante do Inter. Os valores do acordo não foram revelados oficialmente, mas giram em torno de R$ 250 mil – 100 mil de aluguel e R$ 150 mil de custos para abrir o estádio. O lucro da bilheteria, por sua vez, ficaria todo com o Paraná Clube.
E a aposta é alta para este compromisso. Tanto na questão esportiva, como no aspecto emocional dos paranistas. Mais do que consolidar a boa campanha na Série B, o Tricolor considera o jogo o cenário ideal para rebater a desconfiança que pairou sobre o futuro do clube nos últimos dez anos: notícias de dívidas, salários atrasados, baixos públicos, campanhas ruins e até mesmo alegações de que poderia fechar as portas.
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Toda a campanha de marketing para o duelo, por sinal, remete a este panorama de volta por cima. Uma espécie de “cala a boca” vermelho, azul e branco nos rivais e críticos. A intenção é suscitar o orgulho dos torcedores para que lotem a Baixada e batam o recorde de público da praça desportiva.
As campanhas publicitárias para o jogo contra o Inter, por sinal, foram desenvolvidas pelo ex-vice-presidente da Fúria Independente e ex-gerente de marketing do próprio Tricolor, João Quitéria.