Desde a saída de Ricardinho do comando técnico paranista, a diretoria do Paraná decidiu fazer uma aposta caseira para a temporada 2015. Luciano Gusso, ex-coordenador da base e então auxiliar-técnico, assumiu a vaga de treinador. Mas não sabe se continua mais.

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Mesmo com um elenco limitado, que será bem reformulado para a Série B, o comandante do Tricolor até teve seus méritos. Conseguiu achar certo padrão tático, explorando a velocidade pela ponta e com um meio-campo mais compacto. Só que faltaram peças qualificadas para cada setor render melhor.

Na primeira fase, o Paraná terminou apenas na sexta colocação, com 18 pontos e perdeu a chance de decidir o mata-mata em casa. Nas quartas de final, diante do Operário, a equipe não repetiu a boa atuação do encontro anterior e foi eliminada. Na partida de ida empate por 0x0 no Couto Pereira, já que a Vila Capanema estava interditada. E, na quarta-feira, uma derrota vergonhosa por 3×0, em Ponta Grossa, que mantém o jejum de títulos do Tricolor no Paranaense – a última conquista foi em 2006.

Sob o comando de Luciano Gusso, o Tricolor teve cinco vitórias, quatro empates e quatro derrotas. Desempenho que, mesmo com dirigentes bancando sua permanência, será reavaliado. Principalmente pela forma da eliminação. Apático, o time paranista foi completamente envolvido pelo Fantasma. A equipe estava perdida em campo, dando inúmeros espaços e sem poder ofensivo algum. Na volta do intervalo, o técnico nada fez e a tragédia estava anunciada. Só mudou por lesão e, no desespero do segundo gol, mexeu mais duas vezes. Obviamente, em vão.

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É importante destacar que, ao olhar o banco de reservas, Gusso tinha mais o que lamentar do que acreditar que alguém ali mudaria o jogo em um passe de mágica. Mas o treinador demorou a, pelo menos, tentar. E essa inexperiência pode custar caro. Ainda mais que não é unânime no clube.

A maioria do grupo “Paranistas de Bem”, que assumiu o Paraná após a renúncia de Rubens Bohlen, não acha que o perfil do treinador seja o ideal para a disputa da Série B. Prometendo fazer um time forte para conquistar o acesso à elite do futebol brasileiro, o departamento de futebol também vai analisar sua permanência.

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Ao lado de Gusso estão o presidente Luiz Carlos Casagrande e o empresário Carlos Werner, nomes fortes. O gestor Fernando Miguel e o gerente de futebol Edson Neguinho, no discurso, garantem a permanência e conversam com a comissão técnica para reduzir o elenco de mais de 40 jogadores. O restante prefere olhar o mercado para buscar opções, de preferência com sucesso na Série B em anos recentes.