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‘Fora da rota’, Claudinei Oliveira, brigando pelo G4, reencontrará o Paraná

Claudinei levou o Paraná até a semifinal do Paranaense com elenco limitado. Mas diretoria achou que o técnico era o problema. Foto: Marcelo Andrade

Já praticamente livre do rebaixamento na Série B do Campeonato Brasileiro, o Paraná, no jogo deste sábado (5), diante do Avaí, às 19h30, na Ressacada, em Florianópolis, vai reencontrar o técnico Claudinei Oliveira, demitido do clube ainda no início da Segundona. O treinador, que tirou a equipe catarinense de mero coadjuvante na competição nacional para ser um dos candidatos ao acesso à elite, tem provado que o grande erro da atual diretoria paranista na temporada foi de fato a sua saída. Desde então, o Tricolor tem caído de produção e não conseguiu repetir as boas atuações do início do ano, chegando a flertar com a zona da degola.

Claudinei Oliveira foi ainda em 2015 o escolhido para ser o primeiro técnico da atual gestão comandada pelo presidente Leonardo Oliveira. Com um investimento baixo e sem muitos reforços para a disputa do Campeonato Paranaense, o treinador tirou leite de pedra e, apesar de todas as dificuldades, fez o time jogar de forma organizada e chegar de volta a uma semifinal de Estadual, por pouco não eliminando o Atlético, que acabou como campeão.

Veio a Série B e, com um elenco um pouco mais qualificado, Claudinei durou apenas oito rodadas no Tricolor. Apesar de ter mantido a organização tática, algumas divergências com o então diretor de futebol do clube, Durval Lara Ribeiro, o Vavá, culminaram com a demissão do treinador. Na ocasião, Leonardo Oliveira, ao contratar o técnico Marcelo Martelotte, chegou a afirmar que o Paraná estava fazendo uma correção de rota.

Atualmente, Claudinei Oliveira caminha a passos largos para levar o Avaí de volta à Primeira Divisão. Em entrevista à Tribuna, o treinador revelou que não guarda mágoas da diretoria paranista, mas admitiu que o tempo tem mostrado que a decisão tomada não foi a acertada.

“Não me sinto injustiçado. A direção do clube tem total direito de tomar a decisão, de trocar o técnico, de mudar o comando técnico e a gente tem que respeitar. Da mesma maneira que falei da competência da diretoria quando me contrataram, não posso dizer ao contrário porque me dispensaram. Acredito que tinha ainda muito a contribuir, mas respeitei a decisão deles. Respeito muito o Carlos (Werner), o Leonardo (Oliveira). Tive sempre um relacionamento muito bom, olho no olho. A decisão que tomaram foi pensando em fazer o certo, mas às vezes o tempo mostra que a decisão não foi a certa. No momento, fizeram o que achavam melhor para o Paraná”, disse ele.

Sábado, Claudinei Oliveira reencontrará o Tricolor, mas admite que será um jogo normal, mas não menos importante para as pretensões do Avaí na luta pelo acesso. “É mais um jogo que vale os três pontos. Vou ter o prazer de reencontrar alguns atletas que eu tive um convívio muito legal, com o pessoal que a gente criou um vínculo legal, além de reencontrar amigos. Vou fazer meu trabalho, mais um jogo, mas com a diferença que terei amigos do outro lado”, emendou.

O treinador, que estava no clube quando grande parte do atual elenco foi contratado, afirmou que o planejamento inicial era de chegar na reta final da Série B entre os dez primeiros colocados para, no final, brigar pelo acesso. Claudinei, no entanto, preferiu não comentar o atual momento do agora adversário.

“É difícil analisar o trabalho dos outros, pois não estava no dia a dia. Acho que o Paraná, pelo time que montou, tinha chance de ficar entre os dez. A gente pensava isso inicialmente e até cheguei a falar isso para, no final, tentar dar um salto de qualidade. As coisas não aconteceram não sei porque e não cabe a mim julgar. Vi alguns jogos e não foi por falta de empenho, mas as coisas não aconteceram e não tenho como dimensionar”, arrematou ele.

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