Um dos líderes e principais jogadores do Paraná em 2020, o zagueiro Fabrício renovou seu contrato até o final de 2021. Com isso, o defensor ficará um pouco mais de dois anos nesta sua segunda passagem pelo clube e também aumentará sua identificação com a camisa paranista.
Entre a primeira vez que jogou pelo Tricolor e esta volta, foram 11 anos. Em 2008, ele veio por empréstimo do Flamengo, em uma negociação que envolveu a ida do meia-atacante Everton, atualmente no São Paulo. No pacote, além do zagueiro, o volante Rômulo e o atacante Éder vieram para o Paraná. Mas foi o defensor quem mais se destacou.
Então com apenas 18 anos, Fabrício já mostrava ser um xerifão. Mesmo sendo tão novo, chegou a usar a braçadeira de capitão na época. No total, foram 17 partidas na Série B daquela temporada, e dois gols marcados. As boas atuações chamaram a atenção e ele não ficou em 2009.
Voltou ao Flamengo e logo foi emprestado para o Hoffenheim, da Alemanha. Depois, rodou o Brasil e o mundo, defendendo Palmeiras, Cruzeiro, Athletico, Vasco, Vitória, Fluminense, Red Bull Bragantino e Guarani, além do Partizan, da Sérvia, Muangthong United, da Tailândia, Astra, da Romênia, Omonja, do Chipre, Aqtope, do Cazaquistão, e Veracruz, do México.
Também jogou o Mundial sub-20, em 2009, quando era reserva da seleção brasileira e atuou em duas partidas. Mas o início promissor da carreira não engrenou como se esperava. Teve alguns anos de destaque, como em 2010, por Flamengo e Palmeiras, quando entrou 36 vezes em campo, no Vitória, em 2013, no Partizan, em 2016, e no Astra, em 2017.
Só que em nenhum outro clube teve a identificação dos tempos de Tricolor. Até que em 2019 foi repatriado. Por conta de um problema na documentação, que ficou presa no México, só atuou em três jogos na Série B do ano passado.
Para 2020, a diretoria fez uma reformulação no elenco e Fabrício foi um dos remanescentes. Assumiu a braçadeira de capitão e se tornou o líder do jovem elenco. Aos 30 anos, vai recuperando aquele bom futebol de 2008 e reconquistou a torcida.
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Somando as duas passagens, já são 30 jogos com a camisa paranista e cinco gols marcados. Agora, durante a paralisação do futebol, o zagueiro vem cumprindo as orientações do clube para manter a preparação física, mas confia que, quando a bola voltar a rolar, seguirá com as boa atuações.
“Estou muito feliz com esse acordo. Acredito no projeto do Paraná Clube e tenho certeza que temos tudo para fazer uma grande temporada. No momento, o importante é nos cuidarmos, na alimentação e seguindo o protocolo de treinos que nos foi passado pela comissão técnica”, disse ele, ao site oficial do Paraná.
Por onde andam?
Junto com Fabrício, vieram em 2008 o volante Rômulo e o atacante Eder. O primeiro encerrou a carreira precocemente, aos 28 anos, em 2015, quando defendia o Brasiliense.
Já Éder, aos 32 anos, após rodar o Brasil e o futebol da Grécia, foi para a Ásia e desde 2015 joga na Coreia do Sul. Passou por Daegu, Jeonbuk Motors e Seongnam. Para 2020, assinou com o Jeju United.
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