Enquanto Rio Branco e Paraná Clube entravam em campo e disputavam a partida marcada na tabela do Campeonato Paranaense, outro jogo rolava nos bastidores do estádio Fernando Charbub Farah. Era entre a diretoria e os “paranistas do bem”, como se intitulam os ex-dirigentes e empresários dispostos a investir no clube desde que o presidente Rubens Bohlen renuncie. Os dois grupos não se cruzaram e talvez nem se viram, mas demonstraram claramente o racha que toma conta do clube.

continua após a publicidade

O presidente Rubens Bohlen chegou com a delegação, por volta das 14h15. Para quem estava “sumido”, como alegaram dirigentes na sexta-feira, a aparição aconteceu em um local bem manjado. Logo o presidente soube que o Rio Branco não havia reservado espaço para a diretoria tricolor – restaria apenas ficar no meio da torcida, praticamente toda formada pela organizada Fúria Independente, que também rompeu com o dirigente.

Bohlen não aceitou, e depois de alguma conversa se abriu uma cabine reservada para as rádios de Curitiba – estava sobrando mesmo, pois apenas a rádio Banda B enviou narrador a Paranaguá. Ali o presidente acompanhou tranquilamente o jogo e gostou do que viu, pois o time de Luciano Gusso rendeu vem e venceu o Leão da Estradinha com segurança. Após a partida, ele aguardou pacientemente a saída da torcida – que pedia sua renúncia – para então descer ao vestiário.

Do outro lado, exatamente oposto, perto da cabine de TV e das emissoras locais, ficaram representantes dos “paranistas do bem”. O ex-dirigente Durval Lara Ribeiro, o vereador Tiago Gevert e o ex-diretor da Fúria João Luiz Carvalho ficaram isolados, aproveitando que a torcida do Rio Branco não lotou as sociais. Mesmo assim tiveram que ouvir muitas provocações da organizada do Leão.

continua após a publicidade

Se estavam distantes fisicamente, uns podiam enxergar os outros. De longe, mas podiam.
Enquanto isso, os jogadores seguiam alheios à confusão. Segundo pessoas de dentro do Tricolor, a maioria dos atletas sequer sabe o que está acontecendo. Os mais experientes sim, mas estes preferem nem falar do assunto. Esperam que os “poderosos” se entendam.