Seguindo na linha do bom e barato na montagem do seu elenco para a próxima temporada, o Paraná Clube terá que dar uma atenção especial para a defesa. Depois de perder o zagueiro Eduardo Brock para o Goiás, o Tricolor vê cada vez mais longe a permanência do zagueiro Iago Maidana. Os dois formaram a dupla de zaga da terceira melhor defesa da Série B, que tomou apenas 28 gols e o clube aposta nesse perfil de jogadores para conseguir ter sucesso no ano que vem.
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Maidana é um exemplo claro de superação. Depois de ser pivô de uma polêmica na sua contratação pelo São Paulo, em 2015, que culminou, inclusive, com a queda do presidente Carlos Miguel Aidar, o defensor foi peça fundamental para o Paraná na conquista do acesso. Além de atuações seguras ao lado de Brock, o camisa 3 fez gols importantes e terminou a Série B com cinco bolas na rede.
O atleta, que ainda não sabe qual será seu futuro no ano que vem, chegou desconhecido e até desacreditado. Por isso, ressaltou sua volta por cima no time paranista e enalteceu a força do grupo que foi formado para chegar ao tão sonhado acesso depois de dez anos de sofrimento.
“Foi um ano importante para mim. Cheguei desacreditado. Quando cheguei, teve a partida contra o Brasil de Pelotas. A gente saiu perdendo, já estava com a desconfiança da torcida e acabei falhando em um gol. Mas demos a volta por cima, ganhamos o jogo, tive a sequência, que fez com que eu começasse a escrever minha história no Paraná. Foi muito legal o que o grupo fez por mim. Contou bastante para que a gente se fechasse ainda mais para fazer história no Paraná”, contou Maidana, em entrevista à Tribuna do Paraná.
O defensor lembrou os momentos complicados que passou no Tricolor, quando, sob o comando do técnico Cristian de Souza, chegou a ser a quarta opção entre os zagueiros do elenco. Até em tom de despedida, Iago Maidana agradeceu pelo grande ano realizado em 2017.
“Cheguei de um Campeonato Paulista onde não tinha jogado pelo São Bernardo. Eu era o quarto zagueiro, a quarta opção com o Cristian (de Souza) e ainda acabei o ano como um dos responsáveis pelo acesso, por ter feito boas partidas. Fiquei muito feliz com esse momento, de sair lá debaixo e ir até lá em cima. Agradeço muito ao Paraná pelo momento que vivi”, declarou.
O zagueiro foi uma das várias apostas feitas pela diretoria em 2017 que deram certo. A filosofia para contratar deve ser a mesma. Para a defesa, depois de perder Brock e de ver Maidana mais longe, a cúpula paranista apostou nas chegadas dos zagueiros Charles, que jogou a Série C pelo Joinville, e Neris, que teve pouco espaço no Sport. Apelar pelo bom e barato é a especialidade dessa diretoria e o sucesso no ano que vem dependerá muito do talento dos dirigentes fora das quatro linhas.