Enquanto não resolve o imbróglio judicial com a União, o Paraná Clube aproveita o período sem jogos na Vila Capanema para reformar o estádio. Com praticamente um mês sem atuar em casa, o Tricolor está melhorando a cobertura das arquibancadas sociais, que foi toda desmontada e dará lugar a um novo telhado.
A estreia do novo teto será no dia 10 de abril, quando o Paraná, já garantido entre os melhores da primeira fase do Campeonato Paranaense, fará o jogo de volta das quartas de final da competição.
O último compromisso da equipe na Vila foi no dia 13, no empate em 0x0 com o Cascavel. Desde então, o Tricolor segue uma trajetória de quatro partidas como visitante. Jogou contra o Foz, no último domingo (20), enfrenta o PSTC, neste domingo (27), abre as quartas de final no interior no dia 3 de abril e estreia na Copa do Brasil contra o Estanciano, no dia 6.
Assim, a diretoria paranista vai cumprindo a tarefa de mostrar que está de fato cuidando do espaço que ainda é sua casa. Na última segunda-feira, o clube havia divulgado uma nota oficial onde declarava que é o responsável pela manutenção da Vila Capanema, que é um patrimônio do Paraná Clube e do futebol e que caberá ao clube cuidar muito bem e para sempre.
Entenda o caso
A reforma é uma tentativa de resposta à derrota no Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre, na briga pelo terreno contra a União. Na última sexta-feira (18), a desembargadora Marga Inge Barth Tessler, a última que faltava votar no caso, votou junto com o relator a favor da reintegração de posse do terreno para o governo federal. No entanto, o Tricolor ainda pode entrar com embargos de declaração se existir alguma omissão ou contradição no processo. Além disso, o Paraná ainda pode buscar uma medida cautelar para que não seja executada a decisão.
Desde julho do ano passado, quando o desembargador Fernando Quadros da Silva, da 3ª Turma do TRF-4, anunciou voto contrário ao Tricolor, a causa foi ficando longe do lado paranista. No começo deste mês, foi a vez do desembargador revisor Ricardo Teixeira do Valle Pereira dar voto favorável a União.
Mesmo com o voto da desembargadora Marga Inge Barth Tessler, a Vila segue do Paraná até que uma nova perícia seja feita no local, para aumentar o valor da indenização, que era de R$ 1 milhão, sugerida por Ricardo Teixeira do Valle Pereira.