Vivendo mais uma vez um clima conturbado fora de campo, especialmente no seu ambiente político, a diretoria do Paraná Clube, depois de um longo período sem fazer qualquer pronunciamento, quebrou o silêncio e veio a público esclarecer alguns pontos importantes.
O diretor de futebol Mário André Mazzuco, antes do treinamento realizado no estádio do Pinhão, em São José dos Pinhais, na manhã desta quinta-feira (28), concedeu entrevista coletiva dias antes do duelo decisivo contra o Coritiba, pelo Campeonato Paranaense, que acontece no domingo (31).
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Mazzuco comentou sobre a preservação do atacante Andrey, que recebeu ameaças nos últimos dias por conta de uma foto vazada na internet com a camisa do Athletico, quando tinha apenas 11 anos de idade. Ainda não se sabe se o jogador será relacionado para o clássico, mas o dirigente lamentou que os fatos tenham chegado a esse ponto.
“É um fato triste que tem ocorrido no futebol, onde tem um ambiente aberto em rede social e as pessoas passam do limite. É um menino de 18 anos e que nunca deixou de cumprir suas atividades. A gente já vinha trabalhando aspectos comportamentais com ele diante da suspensão dele do ano passado, diante de uma atitude que não foi legal. É um menino em formação e é muito triste ter que preservar o atleta em uma situação dessa, para que se esfriem reações desencadeadas por rede social. Conversei muito com ele, conduzimos e são mazelas que ele vai enfrentar na carreira, não deveria, pois passou de qualquer limite”, explicou.
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O dirigente paranista também comentou sobre a saída do ex-goleiro Marcos do departamento de futebol. Mazzuco disse que a saída do ídolo do clube foi uma surpresa e que a carta divulgada na rede social do ex-jogador disparando contra a diretoria e alguns jogadores não foi bem recebida internamente.
“A saída dele nos pegou um pouco de surpresa. O Marcos era um cara do dia a dia. Até no dia anterior estávamos discutindo situações de andamento. Haviam papéis bem definidos dentro do clube. A carta não foi bem recebida. A gente até entende o momento, a situação, mas talvez a força de expressão, a amplitude de colocações pode ter atingido pessoas que não deveriam. O Paraná é um clube sério, competente e organizado. Problema todos têm e temos que buscar a solução. O Marcos é um ídolo e vai continuar sendo. Foi algo precipitado para nós, nos pegou de surpresa e não houve conversa. É um cara bem quisto por todos. Não externamos nada, foi resolvido internamente. Pela força de expressão acabou atingindo pessoas e ampliando um leque de discussão desnecessário”, comentou.
Crise interna
O diretor também comentou sobre as finanças do Tricolor. Segundo ele, nesta semana estão quitados os salários de março. Questionado sobre o momento político conturbado do clube, com o pedido da saída da mesa do Conselho Deliberativo e da possível renúncia do presidente Leonardo Oliveira, Mazzuco preferiu não se aprofundar no assunto e garantiu que o trabalho do seu departamento é blindar o time paranista, que precisa da vitória contra o Coxa.
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“A situação política do clube a gente procura nem se intrometer. É uma situação que vai muito além do departamento de futebol. O Leonardo é um cara que dá o suporte necessário, está sempre em contato e confiamos muito nele como presidente. A gente sabe que a situação não está fácil. São manifestações e situações que, de verdade, não compete a nós julgar e avaliar. O importante é que o Leonardo nos dá hoje o suporte necessário e estamos buscando fazer nosso papel como departamento de futebol e isso pelos resultados em campo também”, concluiu.
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