A saída de Marcelo Martelotte e a chegada de Roberto Fernandes evidenciou algo que vem sendo comum no Paraná desde o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2007: a troca de treinadores. De lá pra cá, o Tricolor mudou 26 vezes o seu comando técnico, sem contar os interinos, uma média de quase três técnicos por temporada, ou seja, uma a cada quatro meses.

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No total, já incluindo Roberto Fernandes, 24 nomes diferentes estiveram à frente da equipe paranista. Roberto Cavalo (2009 e 2010-2011), Ricardinho (2012 e 2014) e Claudinei Oliveira (2014 e 2016) passaram duas vezes pelo clube. Neste período, o Paraná brigou efetivamente pelo acesso apenas em 2013, com Dado Cavalcanti, foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Paranaense, com Ricardo Pinto, em 2011, e conquistou apenas um título, a segundona estadual, com Ricardinho, em 2012.

Entre acertos e erros, Paraná já teve como técnicos Paulo Comelli (2008-2009), Velloso (2008), Marcelo Oliveira (2010) e Dado Cavalcanti (2013). Fotos: Arquivo, Arquivo, Arquivo e Felipe Rosa

Alguns técnicos que passaram pelo Tricolor nestes nove anos sequer estão exercendo a função mais, casos de Velloso e Zetti, por exemplo, que estiveram por aqui em 2009 e atualmente são comentaristas de televisão. Outros conseguiram alavancar a carreira depois, como Marcelo Oliveira, bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, em 2013 e 2014, campeão da Copa do Brasil pelo Palmeiras, em 2015, e atualmente na briga pelo título do Brasileirão com o Atlético-MG, e Fernando Diniz, vice-campeão paulista com o Audax e considerado uma das revelações da atual temporada.

Em 2014 , Ricardo Drubscky ficou apenas um jogo no Paraná e foi para o Goiás. Foto: Felipe Rosa

Mas o que chama realmente a atenção é a alta rotatividade no cargo. Em nenhum destes anos o Paraná manteve o treinador a temporada toda. Quem mais ficou no cargo foi Marcelo Oliveira, que assumiu em dezembro de 2009 e ficou até outubro de 2010, seguido por Ricardinho, que na primeira passagem ficou de janeiro a setembro de 2012.

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Nas duas temporadas, assim como em 2013, aconteceram apenas uma troca no comando técnico, com dois treinadores ao longo do ano. Porém, foram ‘exceções’. Em 2008, 2011, 2014 e 2015, foram três trocas, com quatro nomes na função. Houve até o caso de Ricardo Drubscky, que em 2014 comandou o time em um único jogo e em seguida pediu demissão para ir para o Goiás. Já em 2009 o Tricolor chegou ao ponto de ter cinco técnicos, uma média de pouco mais de dois meses para cada um.

Ricardinho foi quem mais comandou o Paraná Clube neste período. Somando as duas passagens (2012 e 2014), foram 62 partidas. Foto: Felipe Rosa

Recordistas

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Mais especificamente na Série B, apenas um treinador se manteve no cargo ao longo das 38 rodadas. Em 2013, Dado Cavalcanti assumiu o Paraná após o Estadual e ficou no cargo da primeira até a última rodada da competição nacional. Foi, aliás, a única temporada em que o time de fato brigou pelo acesso, fechando o primeiro turno no G4 e terminando o ano em oitavo, apenas três pontos atrás do quarto colocado, na época o Figueirense.

Dado, aliás, é o quarto que mais comandou o Tricolor em número de jogos: 38 no total. O líder é Ricardinho, que, somando as duas passagens, esteve à frente da equipe em 62 partidas, seguido por Marcelo Oliveira, com 50, e Claudinei Oliveira, com 47.

Técnicos do Paraná desde a queda

2008 – Saulo de Freitas, Paulo Bonamigo, Rogério Perrô e Paulo Comelli
2009 – Paulo Comelli, Velloso, Zetti, Sérgio Soares e Roberto Cavalo
2010 – Marcelo Oliveira e Roberto Cavalo
2011 – Roberto Cavalo, Ricardo Pinto, Roberto Fonseca e Guilherme Macuglia
2012 – Ricardinho e Toninho Cecílio
2013 – Toninho Cecílio e Dado Cavalcanti
2014 – Milton Mendes, Ricardo Drubscky, Claudinei Oliveira e Ricardinho
2015 – Luciano Gusso, Nedo Xavier, Fernando Diniz e Fernando Miguel
2016 – Claudinei Oliveira, Marcelo Martelotte e Roberto Fernandes

Os que mais comandaram

Ricardinho – 62 jogos
Marcelo Oliveira – 50
Claudinei Oliveira – 47
Dado Cavalcanti – 38
Roberto Cavalo – 37