Só piora

Derrotas, saída de jogadores, troca de treinador, pressão da torcida. Que fase do Paraná

Fase do Paraná só complica. Reflexo de decisões erradas dentro e fora de campo. Foto: Hugo Harada

A quinta derrota consecutiva na Série B, desta vez o 3×2 para a Luverdense, nesta terça-feira (4), só não deixou o Paraná mais próximo da zona de rebaixamento por conta dos tropeços de Oeste, Bragantino, Tupi e Joinville. Porém, isto já não serve de consolo no Tricolor, que a cada rodada parece se afundar ainda mais na crise, embora não caia de posição na tabela.

A fase paranista já não é boa há tempos. Desde que o segundo turno começou, em agosto, o Paraná vem ladeira abaixo. Em dez jogos, somou apenas sete pontos, com duas vitórias, um empate e sete derrotas, tendo apenas o 18º melhor desempenho do returno. De lá pra cá, perdeu jogadores importantes, como o volante Jean e o atacante Róbson, e também trocou mais uma vez de técnico, saindo Marcelo Martelotte e chegando Roberto Fernandes.

Tudo isso, mas, principalmente, aliado aos resultados negativos, fizeram a torcida cobrar fortemente o elenco e a diretoria. Em agosto, membros da Fúria Independente invadiram a Vila Capanema durante um jogo-treino do Paraná e entraram no gramado diante dos jogadores. Depois, na semana passada, voltaram a cobrar os atletas, desta vez de forma mais agressiva.

Diante de um momento tão turbulento, o time paranista não vem tendo um desempenho aceitável em campo. Para o técnico Roberto Fernandes, que está há pouco mais de uma semana no clube, a ansiedade em conquistar os resultados e a falta de tempo para treinar é o que mais vem atrapalhando. Até por isso, ele acredita que, caso o Paraná entre na zona de rebaixamento – o que não aconteceu até agora graças aos concorrentes diretos -, a situação tende a ficar ainda pior.

‘Uma coisa só no futebol é pouco. Neste momento pesa a ansiedade, a falta de eficácia e a falta de treinamento. São coisas que estão aglutinadas. Com o tempo vamos conseguir melhorar esta equipe e fazer pontos. A tabela vem sendo generosa com a gente. Cada grupo tem um perfil e minha maior preocupação é fazer com que esse grupo não se aproxime mais de uma zona de rebaixamento, porque cada grupo reage a uma pressão e esse aqui vemos que em termos de pressão eles já estão no limite deles‘, analisou o treinador.

No próximo sábado, o Tricolor recebe o CRB, às 21h, na Vila Capanema. O clima certamente será de pressão, apesar dos pedidos de Bob para que a torcida apoie o jogo inteiro. O clube alagoano ainda briga por uma vaga no G4 e certamente dará trabalho. Porém, quem entra em campo com a obrigação de ganhar é o Paraná, que sabe que uma sexta derrota seguida pode aumentar essa crise, que, até dezembro, parece ter fim apenas na manutenção do time na Série B.

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