Não é o caso de falar em terra arrasada, muito menos em balde de água gelada. Mas o certo é que o Paraná Clube sofreu um choque de realidade na derrota por 2×0 para o Brasil de Pelotas, no sábado (14), no Rio Grande do Sul. Mesmo sendo um time tecnicamente inferior (o referencial técnico do Xavante é Marcos Paraná, que saiu do Tricolor brigado com Fernando Diniz e depois não emplacou no Operário), o Brasil se impôs fisicamente, não deixou o time de Claudinei Oliveira jogar, e venceu com justiça. Além da mudança de patamar da Série B do Campeonato Brasileiro, ficou evidente que ainda é preciso reforçar o elenco.

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Na partida de sábado, o Tricolor não pôde contar com Válber e Robson. Os dois estavam contundidos. “Todo mundo sabe a falta que os dois fazem no nosso time”, admitiu o técnico Claudinei Oliveira, ainda em Pelotas. E a carência do grupo se evidenciou no fato de que Robert, apresentado na quinta (12), era a única opção para mudar o ataque – e ele entrou, assim como Marcelinho, outro recém-chegado. “Eu fiz as duas alterações e não fiz a terceira porque não tinha opções ofensivas. Não ia trocar de novo só pra dizer que usei as três mudanças”, explicou o treinador.

A necessidade de ainda contratar não é apenas um discurso do técnico paranista. A diretoria segue trabalhando, e os jogadores esperam a vinda de mais companheiros. “O nosso grupo ainda está se ajustando, sabemos que estão chegando mais jogadores para nos ajudar. Por isso temos que ter os pés no chão, entender o que foi errado hoje (sábado) e seguir em frente”, comentou o volante Jean, um dos destaques do Tricolor em Pelotas.

Marcelinho e Robert estrearam com a camisa paranista numa última tentativa de Claudinei – não de mudar o panorama do jogo, mas sim adaptar o time ao que acontecia em campo. “Eles entraram para dar mais força física ao time, mas pegaram um contexto de derrota por 2×0, então temos que ter paciência”, explicou o treinador.

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Isto porque o Brasil de Pelotas impôs um estilo de jogo físico que parou o Tricolor. “A gente veio pra buscar o resultado e impor o nosso jogo. Mas eles atuam com muita força, chegam junto, é uma típica equipe do sul”, disse Jean.

“Eles exageram nas faltas, aquelas faltas de jogo, sem violência, um estilo parecido com o Londrina”, completou Claudinei.

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Passada a primeira partida da Segundona, o Paraná entra em uma semana importantíssima – quarta (18), decide a vaga contra a Chapecoense na Copa do Brasil (joga por um empate em Santa Catarina), e sábado (21) tem o primeiro jogo em casa na Série B, contra o forte Bahia.

“Este foi só o primeiro jogo, tem muita coisa pela frente”, garantiu Jean. ‘Ano passado, o Vitória perdeu em casa na estreia para o Sampaio Corrêa por 2×0. E subiu para a primeira divisão. Nós não vamos desanimar nem baixar a guarda”, finalizou Claudinei Oliveira.