Entre os inúmeros desafios que o Paraná vai encontrar em 2017 está inverter uma tendência de maus resultados e saldos desfavoráveis observada nas duas últimas temporadas. Para conseguir mais vitórias do que derrotas e marcar mais gols do que sofrer, o Tricolor terá um calendário potencialmente mais extenso que nos últimos anos. Na mais otimista das projeções o Paraná poderia alcançar 75 jogos no próximo ano.
Para isso, é claro, o time teria que apresentar um futebol praticamente perfeito. O calendário base projetado e trabalhado pela diretoria tem 53 jogos confirmados: 38 pela Série B, 11 pelo Campeonato Paranaense (seriam 17 se for até a final), três pela Primeira Liga (podem ser seis se chegar à decisão) e um pela Copa do Brasil (podem ser 12 até a final). A medidas que for avançando nos torneios eliminatórios, o desafio aumenta gradativamente.
Com mais jogos pela frente, maiores são as chances de melhorar os resultados obtidos nos anos anteriores. Em 2016 o Paraná disputou 57 jogos, mas teve mais derrotas (22) que vitórias (20), além de ter tomado mais gols (74) do que marcado (66). No ano anterior, em 2015, os números forma igualmente ruins. Em 55 jogos foram 21 derrotas e 60 gols contra, enquanto apenas 18 vitórias foram conquistadas e 53 gols marcados.
Num comparativo com o melhor dos últimos cinco anos, em 2013 o Tricolor teve o maior número de jogos e colheu os melhores resultados. Em 62 partidas foram 26 vitórias e apenas 17 derrotas, com 87 gols pró e 67 contra. Naquele ano o time paranists ficou a apenas três pontos do acesso para a Série A. Coincidência ou não, nas duas últimas temporadas o fantasma do rebaixamento para a Série C assombrou até as rodadas finais.
O calendário extenso não assusta o diretor de futebol Rodrigo Pastana. Diferente do senso comum, ele não acredita que se faz necessário um elenco grande para aguentar a maratona de jogos. Para ele, o grupo precisa de qualidade técnica, com jogadores bem preparados fisiologicamente. “Com a profissionalização de vários departamentos, principalmente o físico, médico e fisiológico, podemos manter um elenco menor, mas que tenha mais qualidade”, explicou.
Segundo o diretor, elencos muito numerosos geram um desequilíbrio na condução dos treinamentos, visto que contemplam uma variedade muito grande de biotipos, gerando mais contusões e desgastes pelas cargas de trabalho aplicadas. Este planejamento é fundamental para que o time conquiste um a um seus objetivos.
“Vamos traçar objetivos para o ano todo, tanto o Estadual, como Primeira Liga, Copa do Brasil e Série B. Queremos representar bem a instituição e por isso precisamos de um time competitivo”, disse o técnico Wagner Lopes, à Rádio Transamérica. O treinador promete não aliviar nos treinamentos, já que considera fundamental que os jogadores estejam bem preparados para qualquer desafio