O Paraná Clube vai apostar em um velho conhecido para comandar o time na reta final do Campeonato Brasileiro deste ano e também iniciar o planejamento para a próxima temporada. O técnico Dado Cavalcanti, que já teve uma boa passagem pelo clube em 2013, quando quase conseguiu o acesso à primeira divisão, será o quarto treinador do Tricolor em 2018, e no ano que vem terá a missão de devolver o time paranista à primeira divisão na disputa da Série B de 2019.
A contratação de Dado comprova a falta de convicção da diretoria do Paraná Clube na escolha dos treinadores. A cúpula paranista parece ter dificuldade em definir um perfil dos seus comandantes. O profissional tem um estilo bem diferente dos outros três treinadores que passaram pelo Tricolor em 2018 e passa a ser, agora, a aposta de Leonardo Oliveira para fechar o ano de forma honrosa no Brasileirão e ter sucesso ano que vem.
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Desde que caiu para a Série B, no Brasileirão de 2007, o Paraná Clube, nos dez anos que disputou a segunda divisão, conseguiu manter o mesmo treinador ao longo da competição somente em 2013. E foi justamente Dado Cavalcanti que conseguiu esse feito. Não à toa, o Tricolor chegou muito perto de conseguir o acesso à primeira divisão. Terminou a competição nacional na 8ª posição e somente três pontos atrás do quarto colocado.
No entanto, naquela temporada, o técnico precisou lidar com muitos problemas extracampo. Especialmente pelas dificuldades financeiras que o Paraná Clube atravessava. Em campo, o time empolgou a torcida e chegou a figurar no G4 boa parte das rodadas, mas o atraso nos pagamentos dos salários acabou interferindo diretamente no rendimento do Tricolor na luta pelo acesso.
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Agora, o novo comandante vai encontrar um Paraná Clube bem diferente daquele de 2013, especialmente no que se refere à estrutura. O Tricolor, hoje, está bem servido com seu centro de treinamento, localizado em Quatro Barras, e vive um momento de estabilidade nas suas finanças. As dívidas são muitas, mas a diretoria paranista, ao assinar o ato trabalhista junto à Justiça do Trabalho, conseguiu arrumar a casa, mas terá um desafio grande no ano que vem, já que a verba de televisão diminuirá para aproximadamente R$ 7 milhões.
Vai encontrar também o ex-goleiro Marcos, que foi seu atleta naquele ano, como diretor de futebol e um dos principais responsáveis pelo departamento de futebol do clube, e o ex-meia e atual auxiliar-técnico Lúcio Flávio. Aliás, a escolha de Dado Cavalcanti deve ter passado pelo crivo dos dois, que conhecem bem a metodologia de trabalho do novo treinador.
Retomada da carreira
Porém, o novo comandante paranista retorna sem ter emplacado nenhum grande trabalho nos últimos anos. Em 2014, por exemplo, acabou passando por três clubes. Foram apenas três meses no rival Coritiba, outros três na Ponte Preta e o restante da temporada no Náutico.
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No ano seguinte, Dado Cavalcanti iniciou a temporada no Ceará, mas teve uma passagem curta. Foram apenas nove partidas à frente do Vozão e o treinador acabou sendo demitido. No entanto, ainda em 2015, foi comandante do Paysandu e conseguiu uma boa sequência, terminando o ano no Papão e quase conseguindo o acesso. Ficou na equipe de Belém até junho do ano seguinte, conquistando o Campeonato Paraense e a Copa Verde e voltou a trabalhar somente no ano passado, quando assumiu o Náutico.
Também passou pelo CRB, em 2017, antes de, neste ano, assumir de novo o Paysandu, mas a sequência de resultados ruins culminou com a sua demissão no início de julho.
Agora, Dado terá a missão de fazer o Paraná Clube terminar a temporada de uma forma, pelo menos, honrosa, já que o rebaixamento à segunda divisão é quase certo. Se em 2013, quando veio era visto como um estudioso da nova geração buscando espaço no mercado, desta vez ele retorna pra mostrar que ainda tem aquelas qualidades destacadas anteriormente.
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