A crise econômica brasileira atrapalha todo mundo, mas está pegando o Paraná Clube em cheio. O aumento dos custos fez com que mandar um jogo na Vila Capanema ficasse mais de seis vezes mais caro do que em 2015. Os números atuais, verificados nos borderôs da Federação Paranaense de Futebol, atrapalham o Tricolor justamente em um ano de maior receita.
Foram sete jogos em casa do Paraná neste Campeonato Paranaense. A média de público foi bem melhor, e a arrecadação total passou de R$ 1,1 milhão de reais. Só que no final das contas, depois dos custos, taxas da FPF e outros tributos, ficaram nos cofres paranistas apenas R$ 85 mil reais.
Os gastos que aumentaram são aqueles em que o clube não tem obrigação de apresentar valores para nenhuma entidade externa controladora. É um tema que vai direto para o Conselho Fiscal, que aprova ou não as contas do clube. Coisas como segurança, portarias, lanches, som, rádio, ambulância e suporte.
Mais um problema
Além de ser menos grana pro clube, o fato de os custos terem aumentado acaba alongando um problema constante nos últimos anos do Paraná – as penhoras de renda por questões trabalhistas. Com isso, em alguns jogos até 30% do valor que sobra fica nas mãos da Justiça. E como sobra menos, paga-se menos. E demora-se mais para pagar.
A expectativa do Tricolor é aumentar o número de sócios durante a Série B, além de ter uma média de público mais alta, o que permitiria um saldo mais favorável. Outro fator que ajuda o clube é a entrada das luvas do novo contrato de TV fechada.