Coronavírus

De terceirização a pagamento de salários: impactos da paralisação no Paraná

Futebol brasileiro está paralisado por causa de coronavírus. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Gazeta do Povo

Com o Paranaense e a Copa do Brasil paralisados e sem previsão de retorno por causa do coronavírus, o Paraná suspendeu as atividades do departamento de futebol por tempo indeterminado. Cenário que acarreta consequências positivas e negativas para o futuro próximo do Tricolor.

Terceirização do futebol

Negociando parcerias para terceirizar o departamento de futebol desde o início do ano, o Paraná ganha tempo para fechar um possível acordo antes do retorno das competições. A empresa britânica Total Sports (TSI), de investidores russos, surgiu como favorita, mas as negociações entraram em um impasse e um acordo ainda não foi fechado, gerando ansiedade na torcida.

Fluxo de caixa e salários

Com o avanço para a terceira fase da Copa do Brasil, o Paraná quitou os salários até janeiro deste ano. A diretoria contava com uma classificação contra o Botafogo, na Copa do Brasil, para receber os R$ 2 milhões de premiação, ganhar fôlego financeiro e colocar as finanças em ordem.

Além disso, o jogo prometia importante receita de bilheteria. Sem estas importantes fontes de receita, o Tricolor volta a correr o risco de atrasar novos salários e deixar de honrar compromissos.

Carências

Com um elenco ainda carente de mais peças confiáveis, o Paraná pode utilizar o período sem jogos para intensificar a busca por reforços para a sequência da Copa do Brasil e também a Série B.

É possível dizer que o Paraná precisa de reforços em praticamente todas as áreas. O setor ofensivo, entretanto, é o mais crítico. O Paraná encontrou no meia Renan Bressan um articulador confiável. Mas não há reposição caso o bielorrusso não possa atuar.

No ataque, a situação é ainda pior. O elenco não encontrou um centroavante fazedor de gols. Rafael Furtado (sete jogos, nenhum gol), Marcelo (oito jogos, um gol) e Rodrigo Rodrigues (nove jogos, nenhum gol). Missão para o gerente de futebol, Alex Brasil.

Avaliações

Por outro lado, o Tricolor poderá definir os atletas que não convenceram e não devem seguir para a sequência da temporada. O técnico Allan Aal, após a derrota para o Toledo, no último domingo (15), já havia demonstrado insatisfação com alguns de seus comandados. O tempo extra pode ajudar na negociação de empréstimos para outros clubes e rescisões contratuais.

Xerife

Se alguns devem sair, a permanência do zagueiro Fabrício deve ser tratada como prioridade. O contrato do defensor vai somente até março, data inicialmente prevista para o término do Paranaense. O jogador de 30 anos vem sendo um dos melhores do time de Allan Aal, também ajudando no ataque, com dois gols.

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