Análise

Contra-ataque e erros do Flamengo. As armas do Paraná Clube em Cariacica

Lisca conversa com os jogadores. Treinador terá trabalho pra anular o Flamengo. Mas sabe as armas que tem para isso. Foto: Giuliano Gomes

O Paraná Clube terá pela frente nesta quarta-feira (30) um desafio e tanto: superar o Flamengo em Cariacica e avançar para as semifinais da Primeira Liga. A missão é complicada, uma vez que o time carioca vem embalado após a chegada do técnico Reinaldo Rueda, mas não é algo que o Tricolor já não tenha feito.

Este ano, o time paranista derrotou o Atlético-MG por 3×2 no melhor momento do Galo na temporada. Desta vez, o jogo será fora de casa, mas a tática parece estar definida: apostar nos contra-ataques.

Apesar de o rubro-negro carioca ir a campo com um time reserva, o Paraná Clube sabe que não poderá ir para cima, pois terá pela frente jogadores de velocidade, como Geuvânio, Éverton Ribeiro e Lucas Paquetá. Por isso, dificilmente o time irá se expor. Além disso, desde que Rueda assumiu, o Flamengo melhorou sua defesa. Em quatro jogos, não levou gols e se tornou uma equipe mais compacta, com os zagueiros jogando mais próximos dos volantes.

Ou seja, pouco espaço para trabalhar qualquer jogada. Por isso, a tendência é de o Tricolor também se fechar e abusar da velocidade. Diante do Juventude foi assim. Após o gol, o time gaúcho foi para cima em busca do empate e, já nos acréscimos, Vitor Feijão aproveitou o contra-ataque rápido para definir a partida.

Qualidade dos adversários à parte, Lisca não vai querer colocar tudo a perder e sabe que o elenco não é o favorito para o confronto. Mas tem suas armas. Alemão vem sendo fatal e oportunista lá na frente, mas precisa que a bola chegue até ele. E aí é missão para Renatinho e João Pedro, os armadores paranistas.

Os dois possivelmente terão uma certa liberdade, uma vez que os laterais não devem subir tanto ao ataque. Diante de uma dupla de volantes – Ronaldo e Rômulo – que costumam sair mais para o jogo, uma brecha pode ser decisiva. Jogar nos erros do Flamengo, aliás, será decisivo. Enquanto o Paraná, como disse o zagueiro Eduardo Brock, terá que ter erro zero.

Taticamente, os dois times são ‘espelhados’, jogando no 4-2-3-1. A diferença é que o Flamengo se obrigará a ir para cima, enquanto o Tricolor se fechará totalmente. Em 2017, as situações se inverteram no futebol brasileiro e ter posse de bola não significa vencer. E o time paranista não terá nenhum tipo de inibição de tocar pouco na bola, mas vai ter que aproveitar as oportunidades que surgirem.

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