O Conselho Deliberativo do Paraná Clube se reunirá na noite desta terça-feira (26), em encontro extraordinário, para discutir, acima de tudo, a situação da sede social da Kennedy, no bairro Rebouças. O patrimônio voltou a ser o centro das atenções da torcida paranista, que promete comparecer em peso.
No encontro desta semana, o conselho detalhará a questão jurídica em cima desse patrimônio. O Espaço Torres, por exemplo, tem um acordo de arrendamento até 2032 para explorar os salões sociais da Kennedy e existe uma multa milionária em caso de quebra de contrato. O ginásio de esportes está penhorado por uma dívida com o ex-treinador Ricardo Pinto, que comandou o clube em 2011.
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Nas redes sociais, a torcida do Tricolor está se mobilizando e criando eventos para confirmar presença na reunião. Vale destacar que conselheiros e sócios em dia podem participar, enquanto associados atrasados e torcedores ‘normais’ não poderão adentrar ao salão da Kennedy para acompanhar. Mesmo assim, a promessa desses torcedores impedidos é de ficar na rua fazendo barulho para mostrar a preocupação com o futuro do clube.
A discussão sobre a sub-sede passou a ser pauta mais uma vez após manifestações da torcida Fúria Independente, que protestou no jogo contra o FC Cascavel, pela primeira rodada da Taça Dirceu Krüger, no dia 9 de março. No setor que a organizada se posiciona na Vila, uma faixa preta com letras brancas foi estendida com a frase “Paraná Clube é futebol”. Esse material segue sendo estendido, como na goleada por 4×1 contra o Cascavel CR, no domingo (24), e na derrota por 2×1 para o Cianorte, na quinta-feira (21).
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No dia anterior à rodada inicial do segundo turno do Estadual, a Fúria também tinha feito uma nota oficial exigindo a venda da Kennedy e do terreno em Guaratuba, no litoral paranaense. A torcida alega que a situação financeira do Tricolor só será resolvida com o dinheiro desses patrimônios.
Em 2015, esse assunto foi pauta no Paraná e, no mesmo conselho, os conselheiros aprovaram a venda de 70% do terreno de 28 mil metros quadrados para pagamento de dívidas. Somente a parte com o Espaço Torres se salvaria. Entretanto, apesar de sondagens e até propostas, nenhuma negociação avançou. O valor exigido na época era de R$ 60 milhões.
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O encontro na Kennedy também servirá para outros tópicos, como a formatação do elenco atual, a vexatória campanha na Série A de 2018 e os planos da direção a curto, médio e longo prazo. Vale lembrar que o presidente Leonardo Oliveira não se pronuncia abertamente desde novembro do ano passado. Recentemente, ele passou por uma cirurgia e está de volta ao clube após duas semanas de repouso por orientação médica.
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