Com um pé atras!

Com fama de mau pagador, Tricolor não consegue contratar

O Paraná inicia, aos poucos, a reformulação do elenco para a disputa da Série B. Apesar de necessitar de pressa, o clube ainda demora por ver um mercado complicado. Aliado a isso, o time disputa a Copa do Brasil e joga semana que vem.

A esperança da comissão técnica era de ter reforços já para a partida contra o Jacuipense na próxima quinta-feira, na Vila Capanema, pelo jogo de volta da primeira fase da competição nacional. Algo que não aconteceu pela imagem manchada de não honrar os compromissos nos últimos anos e pelos atletas superfaturarem o salário após os Estaduais.

A expectativa é de que jogadores comecem a chegar a partir da próxima semana. Com isso, as dispensas pretendidas para iniciar nesta semana também foram adiadas, pois rescindir com atletas agora comprometia o número disponível para o jogo contra o time baiano.

“Enquanto isso, vamos trabalhando com o que temos. É importante qualificar esse grupo, temos essa consciência. Mesmo não encontrando muitas facilidades, o clube está trabalhando diariamente para dar uma mesclada nesse grupo jovem e entrar competitivo”, minimizou Luciano Gusso.

Mesmo assim, alguns casos estão claros. O volante Ricardo Conceição e o meia Rubinho foram avisados que só continuam no Tricolor se aceitarem reduzir o salário. Ambos ficaram mais no departamento médico do que treinando em campo na temporada e o custo-benefício não está sendo bom ao clube.

Outros três atletas estão próximos de deixar a Vila Capanema. O ala esquerdo Bruninho entrou na Justiça para tentar a rescisão ao alegar débitos salariais, enquanto o volante Marcos Serrato, com contrato até agosto, está acertado com a Ponte Preta. Os dois, inclusive, já treinam em separado.
Já o meio-campista Ricardinho ainda aguarda a definição junto ao empresário Marcos Amaral, que está no Rio de Janeiro tentando finalizar a negociação com um grupo de investidores. “A diretoria está definindo todas essas situações, ainda nada concreto. Tem que aguardar, mas é melhor resolver o quanto antes, pois aí você já sabe se pode contar”, pediu Gusso.

Salários

A promessa dos “Paranistas de Bem” era de manter os salários em dia, caso assumisse o comando do Paraná. O ex-presidente Rubens Bohlen renunciou no dia 24 de março e a palavra do grupo começa a ser cumprida. Os próprios Marcus Vinícius (gerente) e Fernando Leite (supervisor) foram pagos na hora do desligamento, no mesmo dia da renúncia do ex-aliado.

Tirando o goleiro Marcos e o meia Lúcio Flávio, que possuem débitos de 2014, o restante do elenco está recebendo em dia – inclusive os atrasados. Os funcionários também tiveram dois meses pagos, faltando receber ainda um. E até visível um clima mais leve no Centro de Treinamento, pelo menos.
“Tivemos conversas, reuniões e pedidos para ter condições de realizar um bom trabalho na Série B. Tem que ser diferente do Paranaense, que não tivemos esse suporte e tranquilidade para trabalhar.

Acredito muito no grupo e algumas coisas já aconteceram. O clube necessita de mais, mas com os esforços, tudo vai acontecer ao natural”, comemorou o treinador.

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