O Paraná Clube inovou em 2016. Com a política pés no chão na montagem do seu elenco para a disputa do Campeonato Paranaense, o técnico Claudinei Oliveira está ciente de que essa nova versão do Tricolor pode comprometer seu trabalho na disputa do Estadual, competição que o time não conquista desde 2006. O treinador, que ainda aguarda pelo menos mais cinco reforços para este início de temporada, afirmou que o clube está correndo um “risco calculado” para, no segundo semestre, fazer uma boa Série B e brigar pelo acesso.

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“Esperamos fazer um bom Paranaense e, para o Brasileiro, trazer algumas peças para reforçar o elenco”, explicou o treinador, em entrevista à rádio Transamérica. “Se a gente pudesse começar o campeonato com um aporte financeiro e com a certeza que os jogadores dariam certo, estaríamos fazendo isso, com a equipe que jogaria o Brasileiro para, depois, trazer uma ou duas peças”, acrescentou.

Com uma política diferente e com a vontade de, em 2016 não ter problemas de atrasos salariais, o Paraná, neste início de ano, segundo o treinador, não quer jogar dinheiro fora. Por isso, haverá a composição de jogadores oriundos das categorias de base e que disputaram a Copa São Paulo.

“O clube não pode jogar dinheiro fora. Optamos por isso. É um risco e um risco maior em cima do técnico. Isso não quer dizer que trouxemos jogadores ruins. Estamos trazendo bons jogadores. Vamos contar com 14, 15 jogadores e o restante vamos completar com a base”, emendou.

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Equipe

Prestes a completar a segunda semana de pré-temporada, o treinador não deu pistas do time que deverá iniciar a disputa do Paranaense. Claudinei ressaltou que ainda aguarda a chegada de alguns jogadores para começar a definir a base da equipe. “Ainda faltam algumas peças que o clube pretende trazer até a próxima semana. Serão 15 dias até o início, duas semanas de trabalho cheias.

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No meio temos as opções do Jean, do Anderson Uchôa e do Fernandes, que também atua como lateral. A zaga tem o Alisson e o Luiz Felipe, além do Zé Roberto que, com sua experiência, ajuda também. Temos posições, como as laterais, que estão descobertas”, detalhou Claudinei.

Tabela gera reclamação

O técnico Claudinei Oliveira, quase três semanas antes do início do Campeonato Paranaense, que começa no dia 31 de janeiro, reclamou publicamente da tabela do Paraná Clube no Estadual. De acordo com o treinador, o time paranista, além de encerrar sua participação na primeira fase jogando duas vezes seguidas fora de casa, contra Foz do Iguaçu e PSTC, terá ainda uma sequência de partidas contra Londrina, Atlético e Coritiba que, segundo ele, são os times mais fortes na disputa do certame.

“A tabela do Paraná não condiz com a grandeza do clube. Teremos uma sequência contra Londrina, Atlético e Coritiba, que são os três times mais fortes. Estou falando antes para não falarem que estou chorando no meio. Essa tabela não cabe com o porte do clube, que é um dos grandes do Estado. Se a tabela for observada com cuidado, não tem nada a ver com a tradição do clube”, protestou Oliveira, já prevendo possíves críticas em cima da sua declaração, em casos de tropeços paranistas nestes jogos.

Ricardinho

O volante Ricardinho foi anunciado como novo jogador do Criciúma. O atleta de 26 anos tinha contrato até abril com o Paraná, mas o alto salário impossibilitou a permanência. A saída do jogador deixa claro a carência do Tricolor hoje na lateral-direita, posição em que o volante foi muito improvisado. O Paraná tem apenas Dick para a posição, mas ele ainda não foi oficializado. Em 2015, Ricardinho atuou em 47 jogos. A expectativa era que, se ele ficasse, seria para atuar como volante. (Robson Martins)

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Técnico elogia Keirrison

Claudinei Oliveira falou ainda sobre o possível acerto do atacante Keirrison com o Paraná. Ele afirmou que foi oferecido apenas para o centroavante, que rescindiu com o Coritiba, manter sua forma no clube, mas admitiu que é um jogador que lhe interessa, apesar de atualmente estar fora dos padrões salariais do Tricolor.

“O Naor (Malaquias) é um empresário da cidade, esteve no CT vendo a situação de outro atleta e, conversando com a direção, colocou a situação do Keirrison e o clube colocou sua estrutura a disposição do jogador para manter a sua forma. Se nesse meio tempo, como aconteceu com o Ronaldo no Corinthians, ele achar que deve permanecer na cidade. O Paraná não tem condições de pagar o salário que ele está acostumado a receber, mas está de portas abertas. É um nome que me agrada. Ninguém esquece de jogar bola. Ele tem a dificuldade física por conta das cirurgia, mas ele é um grande finalizador e é um jogador que pode nos ajudar”, finalizou Claudinei.