Chegou o grande dia para o torcedor do Paraná. Depois de oito anos de martírio, o Tricolor está perto de consolidar o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro com três rodadas de antecedência. Para isto, basta vencer o CRB, hoje, às 21h30, no Rei Pelé. Esta era a chamada que a torcida paranista esperava e acreditava ler para a partida de hoje, ainda mais por conta da promessa do presidente Luiz Carlos Casagrande, o Casinha.
No dia 6 de maio, quando Nedo Xavier foi apresentado como o novo treinador do Tricolor para a disputa da Série B, Casinha ressaltou que estava iniciando um projeto que colocaria o clube na elite do futebol brasileiro antes mesmo de a competição terminar. “Eu já tracei um plano de que vamos chegar em novembro, faltando três rodadas, já classificados para a Primeira Divisão. A gente quer este acesso. Se chegarmos na quarta posição já poderemos nos considerar campeões”, declarou o presidente na ocasião.
Longe do prometido
Seis meses depois, no entanto, a realidade é bem diferente. Com apenas 43 pontos, o Paraná, em 12º lugar, não tem mais chances de conquistar o acesso e está a somente cinco pontos da zona do rebaixamento. Um tropeço em Alagoas, dependendo da combinação da rodada, pode deixar o time em situação muito delicada restando apenas três partidas para o término da Série B.
De lá pra cá, outros dois técnicos comandaram a equipe – Fernando Diniz e agora Fernando Miguel -, que também contratou 26 jogadores ao longo de toda a competição. No mesmo dia da polêmica declaração do presidente, o superintendente de futebol paranista, Durval Lara Ribeiro, o Vavá, ressaltou que só traria atletas que viriam para jogar. “Estamos trazendo jogadores para chegar. Não para repetir as campanhas pífias que o clube vinha fazendo nos últimos anos. E, para montar um time de chegada, do jeito que queremos, temos de ter homens. É isso o que estamos buscando”, afirmou Vavá.
Neste meio tempo, a situação não andou como a diretoria gostaria e os planos foram alterados, obviamente. Tanto que na apresentação de Diniz o discurso de Casinha era bem diferente. “Quando prometi o acesso com antecipação, o campeonato não havia começado. Quis passar uma mensagem de otimismo e não me arrependo. Mas a chama do acesso continua acesa em todos nós”, explicou ele.
No entanto, o que ficou marcado foi a fatídica promessa antes da hora, que gerou críticas e piadas em relação aos rivais. E, como uma hora ia acontecer, o dia mais esperado, mas que não mudou, enfim chegou.
