Quase dez anos depois de pendurar as chuteiras no Paraná Clube, o novo gerente de futebol paranista, Beto Amorim quer, em 2016, fazer história e devolver o Tricolor para a primeira divisão, onde deixou o clube quando encerrou sua carreira como jogador profissional. O cargo que ocupa desde dezembro do ano passado, na verdade, não poderia ser de outro profissional. Identificado com o Paraná e amigo do técnico Claudinei Oliveira, Beto Amorim, além da identificação que tem com as cores do clube, que defendeu de 2004 a 2006, retorna mais experiente depois de uma passagem pela gerência em 2010.

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“É um prazer poder estar voltando ao Paraná, clube qual eu tenho uma identificação muito grande. Tenho só a agradecer a toda a diretoria do clube por acreditar no meu trabalho. Estou muito feliz e com bastante ambição de trabalhar, com vontade de trabalhar e tenho certeza que 2016 vai nos presentear com bons resultados”, resumiu Beto Amorim.

O ex-jogador, que ocupou o cargo de gerente de futebol de 2008 a 2010, afirmou que a vontade de trabalhar da nova diretoria paranista e, sobretudo a ambição para tentar reerguer o Tricolor que está há quase dez anos na segunda divisão, foram fatores importantes para que retornasse ao clube.

“O Paraná está se reerguendo. Andei conversando com a diretoria referente ao que estava acontecendo dentro do clube. Vejo muita vontade de trabalhar dessa diretoria. Eles realmente me transmitiram muita confiança. Resolvi participar desse processo, posso contribuir muito. Não só o Paraná, mas diversos clubes passam por problemas financeiros, mas temos um horizonte para sanar esse problema. Acreditamos no bom trabalho, no bom planejamento e isso pode acontecer o mais breve possível”, acrescentou o dirigente, que trabalhará diretamente no elo de comunicação entre diretoria, comissão técnica e jogadores.

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“É uma postura diferente do que já trabalhei. Venho com dois anos de experiência nessa função. Estarei no dia a dia dos treinamentos com os atletas, na montagem dos treinos com a comissão técnica e acompanhando as definições da parte diretiva. A função em si é estar interligando os três departamentos, tanto atletas, quanto comissão e a diretoria”, detalhou.

Relação desde os tempos de jogador

A dobradinha Beto Amorim e Claudinei Oliveira fez sucesso nos anos 90 quando, dentro das quatro linhas, conseguiram o acesso à primeira divisão do Campeonato Paulista pela Portuguesa Santista. Esse bom relacionamento também fora do clube pode ser um ponto forte na caminhada de sucesso que o Tricolor pretende seguir na temporada de 2016.

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“A gente se conhece faz bastante tempo. Não apenas o fato de conviver no dia a dia do futebol, mas a amizade fora de campo. Conheço a família dele, ele conhece a minha. Fico feliz por poder ter participado da vinda dele e por podermos estar convivendo juntos. Torço para que ele possa ter um grande sucesso. O sucesso dele será do clube, meu, da diretoria e dos atletas. Então, estou feliz não apenas por trabalhar com ele, que conheço seu lado pessoal, mas que também é um profissional exemplar”, frisou Amorim.

Claudinei aproveitou a história que tem com Beto Amorim, tanto dentro quanto fora de campo, para falar aos jogadores do seu objetivo dentro do Paraná em 2016. “Nos conhecemos em Santos, jogamos juntos na Portuguesa Santista e conseguimos o acesso no Paulista em 1996. Fizemos história e é isso que falo quando se fala em fazer história. Hoje nosso nome está no pôster que subiu o time. Falei aos jogadores que não quero que ninguém venha aqui para fazer mais uma temporada, mas para fazer a melhor temporada. Se isso acontecer, no final ano a gente vai estar brilhando”, arrematou o treinador paranista.

Filosofia

Na sua nova política de contratações adotada para a temporada de 2016, o Paraná Clube abriu mão de fazer testes e encher a prateleira. Até agora, com relação a temporada de 2015, o clube apresentou apenas quatro novid,ades. O zagueiro Alisson retornou de empréstimo do Botafogo e vai defender o Tricolor neste ano. Além dele, o clube acertou as contratações do meia Válber, ex-Sampaio Corrêa, e dos atacantes Robson, que estava no São Caetano, e Tony, que defendeu o Brusque.

Algumas negociações estão avançadas e o anúncio oficial ocorrerá somente depois da assinatura do contrato. O meia Nádson, de 26 anos, que como Válber defendeu o Sampaio Corrêa na Série B, quando marcou dez gols em 31 jogos, deve ser o próximo reforço.

O diretor de futebol do Paraná, Durval Lara Ribeiro, o Vavá, explicou que o clube não fará mais experiências e que busca, já no Estadual, pelo menos um time titular forte para ser base da equipe que disputará a Série B, a partir de maio. “Esse ano tomamos o cuidado de trazer jogadores pontuais, não para fazer experiências. Precisamos de um 11 forte para formar um time viável para o Brasileiro. Vamos usar o Paranaense também para buscar o título, mas principalmente para que faltem menos peças para montar o time da Série B”, arrematou Vavá.