Afeição

Caio Júnior é homenageado na Vila Capanema

Mascote paranista vestiu a camisa do ídolo Caio Júnior. Foto: Antônio More

A partida inaugural do Paraná pela Copa da Primeira Liga, contra o Avaí, na noite desta quarta-feira (25), foi marcada por homenagens ao técnico Caio Júnior, ex-atacante e treinador tricolor que faleceu no acidente com o avião da Chapecoense, em novembro do ano passado. A Gralha Azul, mascote da equipe, vestiu a camisa com o nome de Caio, arrancando uma grande saudação da torcida. Antes da partida, foi respeitado um minuto de silêncio, que foi quebrado pelos aplausos calorosos dos torcedores que compareceram à Vila para o debute na competição. Na arquibancadas, várias faixas fizeram referência ao eterno ídolo paranistas.

Torcedores lembraram o caráter "eterno" de Caio Júnior. Foto: Antônio More
Torcedores lembraram o caráter “eterno” de Caio Júnior. Foto: Antônio More

A afeição dos paranistas a Caio Júnior se justificam pela grande identidade que ele criou com o clube, desde a época em que era jogador. Nascido em Cascavel, foi em outro tricolor – no Grêmio – que Caio Júnior começou a despontar no futebol profissional, em meados dos anos 80. O bom desempenho no Rio Grande do Sul impulsionou a carreira e o atacante acabou negociado com o futebol português, onde defendeu o Vitória de Guimarães e o Estrela da Amadora. Voltou para terras gaúchas para defender o Inter, foi pelo Belenenses de Portugal e chegou ao Novo Hamburgo, de onde partiu para o Paraná Clube.

Em 1997, ele foi anunciado como grande reforço do Tricolor e fez jus ao alarde da sua contratação. Autor de gols decisivos, marcou dois na final contra o União Bandeirante, que assegurou o pentacampeonato para o time.

CAIO1A volta à Vila veio com um convite para comandar as categorias de base do time. Não demorou para ele ter a primeira oportunidade no comando profissional, em 2002, quando o time corria o risco de cair para a Segunda Divisão. Em 2006, ele voltou à Vila para comandar a equipe em uma das maiores conquistas do clube: a vaga à Copa Libertadores, depois de uma quinta colocação no Brasileirão. O sucesso no Tricolor abriu caminho para o comando de, entre outros, Palmeiras, Flamengo, Botafogo e Grêmio, além de passagens no futebol japonês e árabe, até chegar à Chapecoense. Mesmo longe do Paraná há dez anos, ele nunca foi esquecido pela torcida e, certamente, figura na galeria de ídolos da Vila Capanema.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna