Ex-mecenas, Carlos Werner teve uma vitória importante contra o Paraná Clube na última quarta-feira (13), em processo na 15ª Câmara Cível. O empresário cobra dívidas, reconhecidas pelo Tricolor, na Justiça e tem o CT Ninho da Gralha, em Quatro Barras, como garantia do pagamento.
Atualmente, o débito dessa ação é de R$ 3,5 milhões, sem correção, de uma confissão de dívida, não detalhada. Ainda há outro processo dele na 5ª Vara Cível, que ultrapassa os R$ 12 milhões por empréstimos feitos e não cumpridos em acordo. Ambos em caráter de execução em cima do CT.
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A decisão desta semana ainda não foi publicada, mas tem caráter definitivo. A única discussão é de que forma ocorrerá o pagamento. O Tricolor, que nem contestou o débito, tem o direito de recorrer, mas a Justiça pode, inclusive, colocar o Centro de Treinamento em leilão, caso Werner não tenha interesse de ficar com o terreno até uma decisão final. Outra hipótese, como era acordado anteriormente, é dele aceitar o CT e emprestar para o uso das categorias de base e do profissional do clube com objetivo de não “expulsá-los” de sua casa.
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O imóvel, aliás, já tinha sido repassado ao investidor paranista com aprovação de todos os Conselhos do clube, mas o departamento jurídico mudou de posição. A diretoria queria liberar o imóvel e usar a manobra de colocar o débito no Ato Trabalhista, que tem a finalidade de destinar 20% da arrecadação total para quitar dívidas na Justiça, enquanto os 80% restantes ficam a cargo do clube, com fiscalização judicial e tendo o presidente Leonardo Oliveira como administrador, com salário de R$ 25 mil mensais. Dessa forma, a pendência entraria no final da fila e poderia prorrogar o pagamento.
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Os processos na 5ª e 15ª Câmara Cível têm como execução o CT do Paraná. Werner ainda tem mais cinco ações contra o clube, que tentam penhorar a entrada da cota de TV para a Série B, que ficará entre R$ 6 e R$ 7 milhões. O Tricolor ganhou R$ 1,15 mi pela participação e classificação na primeira fase da Copa do Brasil, além de R$ 600 mil do Campeonato Paranaense. Os valores da cota, entretanto, estão sendo direcionados para pagamentos diretos no Ato e são mais complicados de serem recebidos pelo ex-investidor. Por outro lado, existe uma remota possibilidade da Justiça destinar um determinado percentual dessa quantia financeira para esses outros processos com Werner.
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Dessa forma, o Tricolor está em uma posição complicada e outros ações cíveis tendem a seguir o mesmo caminho. A decisão de não incluir o processo do ex-mecenas no Ato abrirá um precedente para que as outras questões cíveis tomem o mesmo rumo na Justiça. Com isso, a direção paranista terá que usar outros patrimônios, como a sede social da Kennedy, como garantia de pagamento. Vale lembrar que o Paraná vendeu o terreno do Britânia, um dos clubes de sua origem, que atualmente abriga um supermercado, e as sedes sociais do Tarumã e do Boqueirão foram a leilão.
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