Entre os participantes do Big Brother Brasil 20 está o ex-jogador de futebol Hadson Nery, 38 anos, que ficou marcado no Paraná Clube. Mas não pelos gols ou jogadas marcantes. O ex-volante teve uma passagem ‘relâmpago’ na Vila Capanema, no início de 2003, e sequer entrou em campo. Porém, por conta de uma quebra contratual, o novo BBB ganhou um processo trabalhista do Tricolor no valor de R$1,5 milhão – coincidentemente o prêmio de reality show global.
Atualmente, Hadson é treinador licenciado pela CBF e entra no BBB com status de anônimo, no grupo ‘pipoca’, que conta com participantes desconhecidos do público.
Quando foi contratado pelo Paraná, Hadson recebia na carteira de trabalho R$ 650 mais R$ 1.000 em direitos de imagem pagos por fora. Total de R$ 1.600 por mês. A intenção do clube era de que ele jogasse o Estadual, mas o volante não entrou em campo e o clube preferiu dispensá-lo. O presidente paranista era Ênio Ribeiro de Andrade.
Com isso, Hadson iniciou uma ação na Justiça do Trabalho alegando rompimento de contrato. Em 2008, ganhou a causa em primeira instância com direito a R$ 2,5 milhões. O clube recorreu da decisão e fez um acordo: R$ 1 milhão pagos em 80 parcelas (quase sete anos), que começaram em R$ 7 mil e, com reajustes da inflação, chegaram em R$ 15 mil.
O problema é que o clube parou de pagar as quantias por um período e o jogador entrou com pedido de penhora do imóvel da Avenida Kennedy, das cotas de TV e patrocínio.
Em um novo acordo, o Paraná Clube voltou a efetuar os pagamentos, mas precisou desembolsar, além do R$ 1 milhão já acertado, mais R$ 480 mil referentes às multas pelo período em atraso. Em 2016, houve o encerramento do processo com todos os saldos quitados.
Após sair do Paraná Clube, Hadson jogou em clubes de menor expressão em Portugal e Ucrânia. Também defendeu o Nacional, do Uruguai, em 2012. No Brasil, ele foi formado na base do Corinthians e jogou por Paysandu e Brasil de Pelotas, além de outros por clubes menores do país.
Polêmica com a ex-mulher
O ex-jogador esteve envolvido em outro processo, que foi movido por sua ex-mulher, Elen Cristina Vara Nery, mãe de seus dois filhos. A ação foi registrada no Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em 2018. Elen solicitou proteção na Justiça alegando perturbação da tranquilidade por parte do ex-marido. O juiz determinou que Hadson ficasse no mínimo a 100 metros de distância dela. Após um ano, a medida foi arquivada.
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