Arrumar o ataque é o grande desafio do técnico Rogério Micale para conseguir, ao final da temporada, evitar o retorno do Paraná Clube à segunda divisão. Pior ataque do Campeonato Brasileiro disparado, com apenas oito gols anotados em 16 partidas, o Tricolor, em toda a temporada, também apresenta números preocupantes. Nos 30 jogos realizados em 2018, o time paranista conseguiu marcar apenas 24 vezes. Como um comparativo, o Atlético-MG, somente no Brasileirão, por exemplo já balançou as redes em 30 oportunidades.
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No início do torneio, quando não conseguiu vencer, o Paraná Clube sofreu muitos gols e fez o treinador mudar um pouco a maneira de atuar. Conseguiu estancar um pouco o problema defensivo, mas procura ainda o equilíbrio necessário para vencer os jogos e conseguir sair da zona de rebaixamento.
“Temos que ter um time equilibrado. Em um campeonato tão difícil como a Série A, você tem que tomar poucos gols e, nas poucas chances que aparecerem, tem que aproveitar. Elas não aparecem muito, mas a gente até está criando muito em determinados jogos. Temos um volume grande de criação, mas, infelizmente, não estamos fazendo. Isso traz todo o peso da situação ruim e o adversário, com poucas chances, consegue pela qualidade. Temos que equilibrar isso para que ache essa zona de equilíbrio e que possa facilitar nosso crescimento na tabela”, pontuou Micale.
Para ele, a situação ruim e a pressão sobre o time paranista podem estar afetando os jogadores nas tomadas de decisão nas chances criadas durante a partida. O treinador lembrou que o Paraná Clube tem o segundo time mais jovem do Brasileirão e que está sujeito a ser mais influenciado diante do momento ruim que atravessa.
“O desespero afeta todos nós. Todos somos seres humanos. O torcedor tem o direito de fazer o que quiser, é apaixonado e não tem que raciocinar como nós. Temos que usar da frieza para manter o carro andando. Algumas pessoas sentem mais que outras. Quando tem um exagero muito grande, traz prejuízo ao atleta. Ainda mais em um como o nosso, que é segundo mais jovem do Brasileiro. Podem xingar o Micale, que é ruim, teimoso, mas em casa tem que apoiar esses jogadores. Já tem um adversário que geralmente é muito difícil e, se não tiver equilibrado, bem consigo mesmo, fica sempre mais difícil”, reforçou o comandante paranista.
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Para dar um novo rumo ao ataque na sequência do campeonato, a diretoria fez algumas mudanças. Dispensou o atacante Léo Itaperuna e contratou os meias Maicosuel e Nadson, o meia-atacante Rodolfo e o atacante Rafael Grampola. A grande expectativa está na estreia de Maicosuel, que vai acontecer neste domingo (5), diante do Ceará, às 16h, na Vila Capanema. O jogador não espera assumir o papel de protagonista do setor ofensivo, mas acredita em novo rumo do clube na competição nacional.
“Nosso ataque tem vários jogadores de qualidade com várias características. É até difícil de falar. A bola não está entrando. São detalhes. Os gols vão começar a sair e as coisas vão melhorar. Estou aqui para ajudar e isso é uma coisa que vem com o tempo. Sou um cara do coletivo. Se o coletivo for bem o individual vai aparecendo. Então, não me preocupo com esse protagonismo, mas só em ajudar o Paraná”, concluiu o reforço do Tricolor.
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