O empate em 2×2 do Paraná Clube com o Londrina, na última quarta-feira, não agradou o técnico Wagner Lopes, que viu falhas na equipe no interior, mas mais uma vez deu sinais de que o Tricolor está bem fisicamente. Esta não foi a primeira vez que o time paranista saiu atrás no placar e deu a volta por cima no segundo tempo.
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Contra o Cascavel, o cenário foi parecido, mas no final acabou conquistando a vitória. Dessa vez, contra o Tubarão, o Paraná teve que reverter uma diferença de dois gols, sendo um nos minutos finais da primeira etapa e o outro logo no começo do segundo tempo. Depois, mesmo com um a mais, o Tricolor não conseguiu superar a defesa do Londrina.
Mas o que vem chamando a atenção é o poder ofensivo do time na etapa final. Dos 23 gols marcados pelo Paraná em 2014, 14 (60,8%) foram marcados na segunda metade das partidas. Em apenas cinco partidas a equipe paranista não marcou no segundo tempo (na derrota por 1×0 para o Coritiba, nos empates em 0x0 com Figueirense e ASA, e nas vitórias por 2×0 sobre Avaí e 1×0 sobre o Rio Branco).
Nas outras dez partidas, o Tricolor superou o adversário quando, na teoria, o cansaço poderia prevalecer. Inclusive, em seis oportunidades o triunfo foi confirmado nos 45 minutos finais, sendo responsável pelo bom momento paranista, liderando o Campeonato Paranaense e conseguindo as classificações na Copa do Brasil, contra São Bento e Bahia.
Uma das explicações para este ritmo intenso ao longo de toda a partida é o rodízio implementado pelo técnico Wagner Lopes. Com o objetivo de deixar todo o elenco no mesmo nível físico, o treinador vem trocando as peças jogo após jogo, com um time titular e outro reserva, mas mantendo a postura e a velocidade. Uma arma que, até aqui, vem surtindo efeito e sendo decisiva.
Defesa
Porém, engana-se quem pensa que o comandante paranista está satisfeito. Se por um lado o ataque vem dando sinais que se consolidou, a defesa, até então o ponto forte do time, vem recebendo uma atenção maior, principalmente pelos gols no início dos confrontos.
“Esse tipo de falta de concentração não pode acontecer. No intervalo tivemos que dar uma bronca, chamar a atenção, porque no jogo contra o Cascavel já tinha acontecido isso (sofrer gol no começo do jogo). Mas, acho que faz parte do crescimento”, disse Wagner Lopes.