Conhecido no passado por revelar bons jogadores em suas categorias de base, o Paraná, que nos últimos anos viu sua garotada não vingar e nem conquistar títulos, está muito perto de encerrar este jejum. Há oito anos sem títulos na base, o Tricolor pode levantar uma taça na final do Estadual sub-19, contra o Londrina. O primeiro duelo da decisão acontece hoje, às 15h30, na Vila Capanema. Por ter feito a melhor campanha da disputa, o Tubarão será o mandante no jogo de volta, quarta-feira que vem, no Estádio do Café.
Mais do que voltar a conquistar um título relevante, a equipe paranista quer mostrar que retomou a característica de apostar na garotada e render frutos. “É um resgate da base do Paraná como clube formador e também uma mudança de mentalidade. Quando cheguei aqui, no início de 2013, pegamos uma equipe com o nível de uma ‘escolinha melhorada’”, atesta o coordenador da base paranista, Luciano Gusso, que comandou o time profissional no início da temporada.
O último título paranista nas categorias inferiores foi o Estadual sub-20, em 2007. Daquele time, quem vingou foi o meia Everton, no Flamengo, e o atacante Rodrigo Pimpão, que está nos Emirados Árabes.
Em 2015, muita coisa mudou no Ninho da Gralha, CT da base situado em Quatro Barras. Muito por causa da presença do investidor Carlos Werner, que colocou os salários de funcionários e atletas em dia e ajudou o clube a manter a infraestrutura do local. “Tínhamos equipes que não disputavam nada e agora começam a colher os frutos. É uma sequência desse trabalho bem feito e esperamos que continue”, diz Gusso.
Boa safra
Desde a descoberta do atacante Kelvin, que foi negociado com o Porto, de Portugal, e hoje defende o Palmeiras, em 2010, o clube não revelou mais nenhum atleta de relevância do cenário nacional. “É claro que isso não acontecerá da noite para o dia. Temos bons valores agora, que podem dar retorno ao clube. Mas, com certeza, mais para frente, começaremos a ter um número maior de atletas com qualidade sendo revelados”, acredita Gusso.
A aposta do Tricolor na equipe sub-19 é alta. E o torcedor já conhece boa parte dos garotos que compõem o time.
Os meias Leandro Vilela e Alex Brilhante e os atacantes Guga e Yan Phillipe, por exemplo, já tiveram“É uma equipe competitiva, experiente e bem treinada pela comissão técnica. Apesar de respeitarmos a campanha do Londrina, temos camisa e tradição para fazermos um jogo competitivo e ganharmos o título”, projeta Gusso.