Com a vergonhosa eliminação para o Operário na quarta-feira, por 3×0, em Ponta Grossa, o Paraná agora volta suas atenções para a Série B. Além de repensar o treinador Luciano Gusso, o departamento de futebol vai reformular todo o elenco.

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O gerente de futebol, Edson Neguinho, já tinha dado sinais de que o grupo paranista estava sendo avaliado e repensado. Entretanto, evitou dar detalhes justamente pela equipe estar na competição. Algo que terminou no meio da semana.
Com isso, o foco agora é iniciar as dispensas e seguir procurando novos valores, o que já é feito desde março. Com um elenco inchado, de mais de 40 jogadores, o Tricolor pretende diminuir até 33 atletas – entre saídas e chegadas. “A gente não conta mais com alguns atletas. Serão chamados e trabalharemos para solucionar a situação deles. Mas vamos procurar ficar com alguns que estão aqui, os melhores, dentro daquilo que analisamos”, explicou Fernando Miguel, gestor de futebol.

Duas peças, mesmo com o clube tentando segurá-las, devem sair. O volante Ricardinho será vendido a um grupo de investidores para gerar lucro, já que possui contrato até o final do ano e poderá assinar pré-contrato a partir do meio do ano. A ideia é vender 60% dos direitos econômicos do jogador (30% do Paraná e 30% da empresa Amaral Sports). O restante é do próprio Ricardinho e seu empresário. O destino pode ser o Coritiba ou o Santos. Já Marcos Serrato despertou interesse da Ponte e, por estar na Série A, será emprestado para atrair visibilidade.

Do atual time titular, Cleiton também tende a sair. Luiz Felipe é considerado bom para o banco de reservas. Na ala direita, dois reforços são necessários, enquanto do lado esquerdo Bruninho tem dado conta e somente um deve vir. No meio, mais problema. Jean, que dá o primeiro combate, está com moral. Marcos Paulo não. No ataque, Rossi perdeu crédito com a expulsão e será avaliado, enquanto Carlinhos e Yan Philippe podem ser emprestados.

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Mesmo com a promessa de pagamento em dia, com o aporte de R$ 4 milhões do grupo “Paranistas de Bem”, a tarefa de reformulação não será simples. Gusso, que não é unânime, não tem garantia de continuar e as reuniões atuais com ele podem mudar o rumo se outro treinador vier para o Campeonato Brasileiro. “Temos conversado algumas coisas, mas uma coisa é clara: precisamos de reforços. Temos consciência disso, até mesmo para dar maturidade ao grupo”, reconheceu o comandante, após o revés no interior, que disse estar garantido pela diretoria.

Os interiores paulista e gaúcho são o foco da garimpagem no momento, mas os principais torneios estaduais também estão sendo observados. “Não está fácil. Devido aos inúmeros problemas, o nome Paraná está desgastado com os jogadores. Estamos procurando mostrar que é uma nova direção, que pode fazer um trabalho legal, principalmente pagando em dia”, admitiu Fernando Miguel.

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