O meio-campista Jhonny Lucas, de 18 anos, está à disposição da comissão técnica até a próxima janela de transferência. A diretoria do Paraná Clube optou por colocá-lo em campo após deixar a sua venda acertada para o futebol europeu no meio do ano.
Depois de mais de um mês apenas treinando, o volante participou dos jogos-treinos contra o aspirantes do Athletico, no final de semana de Carnaval, e diante do Operário na última segunda-feira (4). Nos dois testes, ele participou do segundo tempo e agora precisa ficar bem condicionado para conseguir uma vaga na equipe.
+ Leia também: Tricolor pode ter mudanças táticas daqui pra frente
A disputa direta é com Fernando Neto, que tem atuado como segundo volante e se destacado no Campeonato Paranaense. Ele também pode jogar como primeiro volante, na vaga do atual titular Luiz Otávio. As outras opções do setor são Jeferson Lima, Itaqui, Alejandro Márquez e Kadu. Como último caso, o atleta tem a possibilidade de atuar um pouco mais avançado, na função de criação, que é ocupada por Higor Leite.
“Ele estava conosco desde a pré-temporada, mas o treinamento dele foi totalmente paralelo. Nós não usamos o Jhonny no mesmo nível de intensidade e está um pouquinho atrás, correndo por fora. Só a uma ou duas semanas que vem treinando em nível competitivo e é uma peça que eu ganho. Ele está se condicionado, será mais usado e vai contribuir muito com as minhas ideias de jogo”, comentou o técnico Dado Cavalcanti.
+ Mais na Tribuna: Jogos-treinos moldam possíveis alterações no time do Paraná
O jogador se reapresentou no dia 14 de janeiro e treinava com o elenco desde lá aguardando o desfecho de seu futuro a curto prazo. As opções, como a Tribuna do Paraná já tinha revelado, eram continuar no Tricolor, ser emprestado para um time brasileiro até a metade do ano ou se ambientar ao seu novo clube sem partidas oficiais. E a tendência de ficar no time paranista se confirmou.
Seu destino foi revelado pelo presidente Leonardo Oliveira que, após mais de quatro meses de silêncio e nenhuma explicação, se pronunciou sobre a novela envolvendo o volante criado nas categorias de base do clube. O mandatário do Paraná ficou mais de duas semanas na Europa para acertar a operação financeira de sua venda, mas não conseguiu concluir até o dia 31 de janeiro, último dia da janela internacional.
“É atleta do Paraná, tem contrato. Como todos sabem, buscamos uma negociação no final do ano passado. Tivemos situações avaliadas, descartadas, outras em negociação, em avaliação. Por toda essa condição, ele acabou afastado no primeiro turno do Paranaense, até por questão de respeito com o momento. Ele já está reintegrado, apto a jogar. Isso não suspende as negociações, mas não tem nada fechado”, declarou o dirigente.
+ Confira a tabela de jogos da Taça Dirceu Krüger
Apesar de negar qualquer acerto, o destino de Jhonny Lucas será para um time europeu. O Braga, de Portugal, é quem deixou sua compra feita para a janela de inverno. O dinheiro da transação está ligado ao jogador Loumn, que foi emprestado ao Porto, mas com cláusula de compra obrigatória somente no dia 1 de agosto. Assim, o valor estará disponível para o pagamento do volante do Tricolor.
Como ainda não há assinatura da transação, que ficou averbada para o meio do ano, a cúpula paranista tem a expectativa de que possa aparecer alguma proposta mais vantajosa nesse meio tempo. Se não houver, existe essa alternativa “garantida”.
Os valores não foram confirmados, mas giram entre 2 milhões de euros por 50% dos direitos econômicos ou 4 milhões de euros por 100%, algo entre R$ 10 e R$ 20 milhões. Vale lembrar que a diretoria deixou as tratativas para o grupo do empresário Jorge Mendes, a Gestifute, que intermedeia toda proposta ou negociação em solo europeu.
+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do Trio de Ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!