“Tive que sair sem falar para não falar alguma besteira”. A frase é de Claudinei Oliveira, técnico do Paraná Clube, em entrevista para a Tribuna logo depois do empate com o Foz em 3×3, domingo (20), no Estádio do ABC. Se em muitas vezes treinadores e atletas reclamam sem razão, desta vez o Tricolor tem muito para reclamar.
Foram três lances capitais em que o time foi prejudicado pelo árbitro Selmo Pedro dos Anjos Neto – a rigorosa expulsão de Nadson, um pênalti inexistente marcado e um gol impedido. Com um a menos desde o primeiro tempo e desgastado pela sequência de jogos no Campeonato Paranaense, o Paraná contou com a entrega dos jogadores para conseguir o empate nos acréscimos, resultado que mantém a equipe a um ponto do líder J. Malucelli.
A partida começou tranquila. O Paraná trocou passes (o esquema tricolor vai melhorar muito com Lucas Otávio ao lado de Jean) e chegou naturalmente ao gol após uma falha da defesa do Foz, que deixou Alisson aparecer na cara de Nei para cabecear. Mas logo no lance seguinte o zagueiro cometeu pênalti em Safirinha – bobeada do jogador, que deixou o braço no rosto do jovem atacante dos donos da casa. Safira, o irmão mais experiente, deixou tudo igual.
Um gol que perturbou os visitantes, que deram espaço e correram risco. Mesmo sem ritmo, Wendell teve uma atuação segura, e em um lance decisiva, num chute de Safirinha. Para se reestabelecer, era preciso voltar a jogar com a bola nos pés. E assim, aproveitando outra desatenção do Foz, o Paraná voltou à frente. Nei viu o erro de marcação e lançou nas costas da zaga para Robson, que tocou na saída do goleiro com muita categoria.
Apito inimigo
A partir deste ponto, o jogo passou a ser influenciado pelas falhas da arbitragem. Primeiro com a expulsão de Nadson. Ele se estranhou com Marcelo, que acabou caindo, e o meia paranista foi expulso direto. “Se fosse para cartão vermelho, eu seria o primeiro a falar. Mas não houve nada”, reclamou Claudinei Oliveira.
No final da primeira etapa, veio outro erro. Allexson dividiu com Chilavert e o árbitro marcou pênalti. “Não foi absolutamente nada”, disse Demerson, em entrevista à RPC. “O menino não fez a falta, ele marcou e ainda deu cartão amarelo. Tive que tirar, olha o prejuízo para a chance do garoto”, desabafou o treinador paranista.
E no início do segundo tempo, a terceira falha: Roberto lançou Safirinha, que em posição irregular mandou uma bela cabeçada e virou a partida. Perdendo o jogo e com um a menos, restou ao Paraná lutar. E tanto lutou que conseguiu o empate com Válber, no finalzinho. Claudinei Oliveira comemorou ajoelhado à beira do campo. Um resultado que pode fazer diferente para a classificação final do Paranaense.
