Pés no chão

Apesar de ter uma receita maior em 2018, Paraná Clube segue apostando no bom e barato

Executivo de futebol Rodrigo Pastana é a chave do sucesso do Paraná Clube no mercado em busca de atletas de qualidade, mas que não pesem no bolso. Foto: Albari Rosa

Na primeira divisão e com um fluxo de caixa um pouco maior para a temporada de 2018, o Paraná Clube não deve mudar o perfil de contratações para montar seu elenco no ano em que vai retornar à Série A. Assim como fez em 2017, o Tricolor seguirá a linha do bom e barato. Método em que o executivo de futebol paranista, Rodrigo Pastana, é especialista e que deu muito certo na campanha do acesso na disputa da Série B.

O técnico Wagner Lopes, confirmado na semana passada como comandante do Paraná Clube para a temporada de 2018, está participando da montagem do elenco e afirmou que a ideia será a mesma na hora de contratar. Por isso, acertar nos reforços de acordo com o modelo de jogo proposto pela comissão técnica será importante nesse processo.

“Não só do Paraná Clube, mas de todos os times que sobem, é você ter o equilíbrio na competição e se firmar como time de Série A. Para isso, você precisa de atenção na montagem do elenco, não sair gastando sem prudência e sem levar em consideração seu modelo de jogo. Temos nossas limitações financeiras e o Rodrigo (Pastana) é muito bom nisso, em fazer time com muita qualidade e com baixo custo”, apontou o treinador.

Até 2017, o Tricolor tinha uma receita de cerca de R$ 5 milhões no ano. Por ter conquistado o acesso à primeira divisão, o valor sobe para aproximadamente R$ 25 milhões. Apesar desse aumento substancial, o clube precisa trabalhar com as dívidas trabalhistas que o assolam nos últimos anos.

Recentemente, o Paraná fez um acordo com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para que apenas 20% das receitas sejam usados para o pagamento destas dívidas. Assim, o Tricolor terá à sua disposição 80% da receita para trabalhar na montagem do elenco para as disputas do Campeonato Paranaense, Copa do Brasil e Série A do Campeonato Brasileiro. Porém, o objetivo não é usar todo o dinheiro no futebol, mas também em melhorias estruturais do clube.

Assim, a ideia é trabalhar com os pés no chão, fazer um bom Campeonato Paranaense, mas focar mesmo na disputa da primeira divisão. Intramuros, o foco paranista do Paraná é conseguir se manter na Série A. Por isso, a diretoria, nas últimas semanas, tem investido na renovação do vínculo de jogadores que se destacaram neste ano, casos do goleiro Richard, do zagueiro Maidana e do meia Renatinho, que formariam uma espinha dorsal importante para a largada da temporada de 2018.

Oficialmente, o Paraná não confirmou nenhuma contratação. Mas alguns jogadores já estão certos. O zagueiro Charles, que disputou a Série C pelo Joinville, o volante Alex Santana, que jogou o primeiro semestre pelo Tricolor e estava no Internacional, o atacante Diego, que também estava no Colorado, além do goleiro Luis Carlos, que disputou a Série B pelo Vila Nova vão reforçar o time paranista, assim como o lateral-esquerdo e volante Marciel e o volante Mantuan, ambos do Corinthians, o zagueiro Neris, do Sport, e o meia Bruno Nazário, do Guarani, que são alvos do Tricolor.

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