Restando apenas quatro rodadas para o término da Série B, o Paraná Clube vê seu desempenho cair justamente no momento mais decisivo da competição. Apesar de ainda estar no G4 e depender apenas das suas próprias forças, parece que o Tricolor está convivendo com uma crise de ansiedade para conseguir o tão sonhado acesso.
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Os dez anos seguidos na Série B, embora não sejam culpa do atual elenco, estão pesando. A necessidade de voltar à elite está tirando a tranquilidade paranista. E não é de agora.
Desde a histórica vitória por 1×0 sobre o Internacional, quando o recorde de público da Arena da Baixada foi batido, no dia 28 de setembro, o Paraná Clube não vem jogando bem. É verdade que neste período foram seis duelos contra concorrentes diretos e nas últimas sete partidas o time até conseguiu resultados positivos, com três vitórias, um empate e três derrotas, mas já não vem repetindo o mesmo desempenho de até então.
A derrota por 2×1 para o Oeste acabou evidenciando isso. O tropeço em casa queimou a gordura da equipe na classificação mas durante os 90 minutos a ansiedade em busca do gol refletia na postura dos jogadores, que se perderam ainda mais após a virada no placar.
O técnico Matheus Costa anteriormente já havia declarado que não era adepto ao chutão, pois via isso como uma falta de recurso. Mas esses chutões aconteceram com frequência no Tricolor contra o Oeste e também na derrota para o Brasil de Pelotas, na última terça-feira (7). Reflexo da falta de calma em trabalhar a jogada, tocar a bola em busca de um espaço. Tudo ignorado na busca desesperada pelo gol.
Não é a questão tática que está errada ou os jogadores que ‘desaprenderam a jogar’. Tudo gira em torno da ansiedade. O atacante Alemão, por exemplo, sem marcar há oito rodadas, vem sentindo o jejum. Querendo marcar a todo custo, o camisa 9 vem se descontrolando em campo e isso acaba atrapalhando. Não é preciso o treinador fazer uma mudança drástica em 16 dias. Basta colocar a cabeça no lugar.
Confira a classificação completa da Série B
A esta altura jogar bem não é mais fundamental, mas sim os resultados. Claro que uma boa atuação aproxima o time da vitória. Mas não foi isso que aconteceu contra Inter, Criciúma e Vila Nova. A superação em campo valeu os três pontos. Algo que precisará ser repetido.
O Paraná Clube sabe que entrará em campo pressionado pela torcida em busca de um triunfo diante do Luverdense, nesta sexta-feira (10), na Vila Capanema, mas não pode deixar isto mexer com os nervos. Só se for para recuperar a garra, que ultimamente foi substituída pela ansiedade, a grande inimiga paranista nesta reta final.